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31 de dez. de 2010

Desejos...



Crendo que os sonhos é que movem a vida, me lanço ao ano que se inicia sonhando e semeando desejos. Para isso deixo esta poesia como marco dos desejos e caminhos de meu coração ao longo deste ano que se aproxima do fim, destacando as reflexões que se mostraram tão essenciais para que eu não deixasse de sonhar e crer na beleza da existência... ainda que em toda sua complexidade.


28 de dez. de 2010

Reflexões de fim de ano

O tempo passa, a vida passa... até a uva passa
Minhas análises sobre o que se passou em 2010 e meus anseios para 2011


Assim como o tempo passa, 2010 também passou. Ano que escorreu pelas minhas mãos como água e, ao mesmo tempo, por alguns momentos, se arrastou em uma lentidão extrema... tudo isso é muito confuso: a sensação do tempo em seus tempos por todo o tempo. Mas independentemente do sentido, foi mais um período que se completou, mais uma etapa que faz parte daquilo que sou, daquilo que gostaria ser e até mesmo daquilo que jamais seria ou gostaria de não ser.

26 de dez. de 2010

Destino e escolhas


O destino se veste de verdade mas, em sua essência, é desmascarado pelas escolhas...

"E pensando sobre o modo como a vida segue seu curso diante do tudo e nada, acabo por cair nos dilemas de minha alma, dilemas que compõem nossa natureza limitada, a busca por respostas que correspondam aos nossos próprios padrões equivocados de entendimento: início e fim; causa e efeito; ação e reação; transgressão e compensação; tempo e espaço... Por fim, a amálgama de todas estas conceituações e dilemas culmina em uma resposta que revela-se tão permeada de completude: destino. Mas até onde este termo e seus sentidos são capazes de trazer explicações? Que explicações eles nos trazem, realmente? Bem... considerar o destino como resposta para vida pode até ser momentaneamente confortante, mas vejo esta palavra como sinônimo de imediatismo, ainda que clame por supostas existências remotas e intermináveis ciclos de ir e vir. Sinto o sentido de destino afogado em uma profunda consonância com o mais absoluto de conformismo, justificativa injustificável para as dúvidas e momentos em que temos que parar e arrozoar sobre nossa vida."

18 de dez. de 2010

Passando do ponto


Deram o sinal e o ônibus não parou. Você passou do ponto onde ia descer. Qual foi sua reação?
Isso pode ser simples, mas traz consigo reflexões profundas sobre a vida

"Chegando ao meu destino, levantei e, dado o sinal para que o ônibus parasse, por motivos que desconheço, o motorista ultrapassou o ponto. Assim, eu e mais dois passageiros teríamos que fazer parte de nosso percurso a pé. São coisas que acontecem, falhas como as que eu e todos mais cometemos todos os dias, cada qual à sua própria realidade... nada que se mostrasse como algo que me arrancasse de meu estado normal de ver ou sentir a vida. Mas percebo que não são todos que pensam ou agem assim e, naquele momento, foi algo que veio à tona."

15 de dez. de 2010

Se eu pudesse...

Tudo à minha volta aponta para a beleza da fina Flor Serena. Por ela eu daria o tudo, daria o nada...

Se pudesse eu te daria o brilho do sol em seu tão grande fulgor
Colheria as estrelas durante as noites frias
E com elas adornaria o seu tão suave caminhar 

13 de dez. de 2010

Os caminhos do vento

Nos caminhos do vento quero encontrar a mim mesmo, quero te encontrar... quero buscar as saídas da vida

Queria eu não ter tantas certezas ou convicções
Assim como não queria ter tantas dúvidas e questionamentos
Mas acima de tudo queria me preocupar com o que verdadeiramente importa

11 de dez. de 2010

Eu descobri que tenho asas - 3ª parte


O sentido da vida e o trilhar do caminho da humildade das asas...

3ª parte do conto Eu descobri que tenho asas (clique nos links e leia o início: 1ª parte - 2ª parte)

"Tudo isso me despertou a consciência de que asas eram somente um ponto de partida, uma chance para a minha vida encontrar seu sentido no mundo. Ao fim, o sentido era mais que voar, rasgar os céus, era, verdadeiramente, o reconhecimento de onde voei, por onde voo agora e por onde voarei. Tal reconhecimento é impossível de se almejar sozinho, em si mesmo, fato que me leva a voar com mais intensidade, a iniciar uma busca pelo ser com que quero dividir a minha vida, o alado que me dará infinitos motivos para eu ser eu mesma, para eu poder voar, voar ainda mais alto..."

4 de dez. de 2010

Eu descobri que tenho asas - 2ª parte



Poder voar, ter asas... ainda que alcançar os céus seja um deleite, não é o suficiente para se alcançar o sentido da vida

2ª parte do conto Eu descobri que tenho asas (clique no link e leia a 1ª parte)

"Foi então que eu fechei meus olhos e deixei fluir uma prece sorrateira de meu coração. Pedia perdão a Deus por desperdiçar a vida que tinha me concedido e por ter sido tão covarde em viver... Abri meus braços e, no desespero ao mesmo tempo calado e em um grito derradeiro, me lancei ao ar. Senti o amargo gosto da morte, o vento me forçando como uma barreira que aos poucos cedia para o fim de tudo, para o chão que selaria meu destino vazio... 
Enquanto aguardava o beijo cinza daquela que encomendaria minha alma ao mundo dos mortos, além do medo, senti uma forte dor em minhas costas. Pensei que fosse o fim, meus pulmões explodindo, mas era algo de dentro para fora. Brotaram de mim coisas pontudas e sedosas... elas se abriram em um gesto de força, me fazendo planar. Eu não havia morrido, eu não estou morta, eu descobri que tenho asas... "

3 de dez. de 2010

Sete dias...

Sete dias ao seu lado me trouxeram infinitas palavras e expressões... são divagações que inspiram a incessante busca por muitos outros dias em sua presença

2 de dez. de 2010

Eu descobri que tenho asas - 1ª parte


Até mesmo os saltos ao desespero podem trazer esperanças para um vida morta... basta estender o olhar e dar asas ao coração

"E no dia que tive o sobressalto sobre o meu nada, percebi que tudo mais não valia a pena. Pensei em algo que um amigo meu sempre dizia, em tom de brincadeira: " Se você morresse hoje, quantas pessoas iriam ao seu enterro?" Isso me gelava a espinha, não tinha nada de engraçado, afinal, ele era um forte, alguém dono de si, enquanto eu, dominada por minhas futilidades, era só alguém que temia um enterro vazio, vazio como era a minha vida seria assim também a minha morte."