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31 de jan. de 2011

O início


O que te diz o início de sua jornada como ser em meio à existência? Como se delineará sua história, as páginas de sua vida? Para onde esta jornada te conduzirá? 

"Tudo tem um início, um começo, uma história. Nossas vidas também são assim, possuem um enredo inicial que, através de um ciclo contínuo de ações e reações à nossa volta, se desenvolve de forma emocionante, dramática, engraçada, sombria... Geralmente não nos damos conta disso. Na verdade, muitos não veem a vida como um todo, como uma história, mas como recortes esparsos e fragmentados, o que não é nada bom.
(...) Devemos, tanto em momentos de extrema alegria e dor, consultar as páginas primeiras de nossa história. Lá encontraremos pessoas e fatos que nos conduziram até nossa atual situação. Veremos expectativas e sonhos de terceiros se realizando puramente em nossa vinda ao mundo. Haverá também episódios marcados por medo e dor, mas será que eles não poderão nos servir de modelo para superar as crises de agora?"

29 de jan. de 2011

Traídos de nós mesmos

Faz parte de nós: nos traímos o tempo todo. Pelas traições de nosso ser degradamos nossa própria felicidade

"Traição. Esta é uma palavra torpe e pesada, marca de um mundo confuso como o que nos cerca, mas, excedendo-se ao nível de nosso próprio mundo, ela não deixa de ser tão lastimável, pois mostra-se muito mais comum, instintiva. Somos traidores de nossos ideais, nossos sonhos, nossa felicidade. Somos vis desconstrutores das pedras que ladrilham a estrada que conduz à plenitude do ser."

28 de jan. de 2011

Sou pequeno

O que somos nós além de seres tão pequenos diante da grandeza de tudo? Mas as coisas pequenas também têm seu valor... motivo para não temermos reconhecer o quanto somos pequenos.

27 de jan. de 2011

Ensinamento - Adélia Prado

Ensinamento

Minha mãe achava estudo
a coisa mais fina do mundo.
Não é.
A coisa mais fina do mundo é o sentimento.
Aquele dia de noite, o pai fazendo serão,
ela falou comigo:
"Coitado, até essa hora no serviço pesado".
Arrumou pão e café, deixou tacho no fogo com água quente.
Não me falou em amor.
Essa palavra de luxo.

Adélia Prado

26 de jan. de 2011

A janela do passado

Você tem coragem de abrir a janela do passado?

"Nem tudo que passou ficou perdido ou se esvaneceu no tempo. Querendo ou não, o passado faz parte de nossa constituição, mostrando-se mais presente do que imaginamos. Por lá deixamos coisas boas e ruins, aprendizados para darmos prosseguimento ao delinear das rotas da vida. Eles se mostram importantes para não nos perdemos nos momentos em que se faz tão preciso termos trilhado um caminho de reflexão capaz de nos tirar da inação ou morosidade do presente ou, ainda, da sina desesperada que nos conduz a adentrar em um processo de reações automáticas diante do tudo.
(...) Enfim, o passado é janela da sensatez que se abre de forma sábia em meio ao caos do por vir. Debruçar- se em tal janela no decorrer de nossos os dias não é o mesmo que uma cegueira de querer refazer todos os passos, mas saber por onde se deram tais passos e para onde te conduziram, te conduzirão..."

25 de jan. de 2011

Voando de vassoura

O mundo se faz e desfaz diante da inocência e espontaneidade das crianças. Suas respostas são uma riqueza em meio à pobreza existencial de nossos tempos


"Finalmente se apresentava a possibilidade do início do fim de um dia tão corrido e atribulado. Ledo engano, claro. No meio do caminho ainda tivemos mais um momento de espera. Obras de manutenção na rodovia Rio-Santos ainda atrasariam nosso percurso por mais vinte minutos. E, como sempre, nos restou a distração de nós por nós mesmos e a potencialidade de acontecimentos que vêm e vão dentro dos coletivos de transporte.
Sendo assim, provocando a descontração, virei-me para minha sobrinha e soltei uma das muitas graças que costumamos usar entre amigos e alguns familiares: - Está vendo, minha filha? Se a sua vassoura estivesse aqui, poderíamos voltar voando. -  Terminando de falar fui tomado da alegria que sempre manifesto diante destas besteira corriqueiras que quebram a seriedade do dia-a-dia. E acharia ainda mais graça diante da resposta e reação da criança."

24 de jan. de 2011

O Vendedor de Sonhos - A Revolução do Anônimos

A Revolução dos Anônimos é um repertório fascinante para se pensar sobre a beleza da existência 

"Confesso que, a princípio, fui tomado pela sensação do novo, o enredo simples era demasiado inovador em relação às minhas expectativas. Tão logo me encantei pela narrativa descontraída firmada no dia-a-dia e vivência de um grupo de anônimos que tornaram-se seguidores de uma figura que andava pelas ruas da cidade vendendo sonhos, falando de expectativas de vida e felicidade, criando e respirando poesia em meio às coisas mais simples."

22 de jan. de 2011

Coisas boas da vida...

Simplicidade é o caminho ideal para a felicidade, para se ver as coisas boas da vida


"Esta questão existencial, que sempre insisto em evidenciar, está voltada para os bens que se constroem em princípios de isonomia humana, mutualismo, doação e afeto. Tais fundamentos ocupam em nosso ser o espaço que verdadeiramente importa ser preenchido, trazendo o conceito de real de felicidade, tão distante da proposta de prazer sem razão de um mundo do imediato, sem reflexão, sem poesia."


21 de jan. de 2011

Vontade de viajar...

Minhas curtas viagens de idas e vindas observando os fatos me dão apontamentos sobre a vida, sobre a perda... me levam a refletir sobre vontade de viajar em meio às tribulações da existência.

"Após uma pequena pausa nas palavras, o jovem esboçou certa tranquilidade em seu semblante. Começou a falar de dias novos, de levar a vida adiante e de uma vontade de viajar. Na verdade, estava retomando o caminho de uma viagem há tanto adiada, tinha como anseio aproveita-la como momento sensato para rever certas coisas e dar-se um descanso mediante à perda e ao novo trazido pelo fim de um relacionamento que demonstrava ter sido tão duradouro.
(...) Quando somos feridos temos a tendência estranha de nos escondermos ou simplesmente nos mostrarmos em tom agressivo e vingativo. Ah! E como pensar na vontade de viajar tornaria tudo tão diferente e mais fácil de ser compreendido. Viajar, ver a vida, ver a beleza que há em viver mesmo depois da perda. Simplesmente bradar de dentro da alma que sofre: Eu vou sobreviver!"

20 de jan. de 2011

E eu me pergunto o porquê...

Quais são os porquês que existem por trás de seus sentimentos? 

"Não sei se isso tem sentido para você que lê estas palavras tão confusas, mas quando pergunto a mim mesmo meus porquês, vejo meus sentimentos e desejos se elevarem para um mundo além do meu próprio ser. Explodem como um maremoto no oceano silencioso que há minha essência, deixando cair as máscaras, diluindo as falsas justificativas e dispersando os detritos que turvam suas águas. É como se aquilo que é propriamente meu fosse exposto diante do Tudo, sendo confrontado pela grande Verdade que há na existência: a verdade do plural, dos seres criados para viverem suas vidas em sintonia uns com os outros, servindo, amando, renunciando, cedendo, compreendendo..."

18 de jan. de 2011

Lya Luft - Um pouco de silêncio


O silêncio é muito mais que quietude ou ausência de ruídos, é um estado de alma que nos lança a reflexões tão sublimes e essencias sobre a existência. 

"O silêncio nos assusta por retumbar no vazio dentro de nós. Quando nada se move nem faz barulho, notamos as frestas pelas quais nos espiam coisas incômodas e mal resolvidas, ou se enxerga outro ângulo de nós mesmos. Nos damos conta de que não somos apenas figurinhas atarantadas correndo entre casa, trabalho e bar, praia ou campo." 

15 de jan. de 2011

O Vale do Silêncio

Você teria coragem de trilhar o Vale do Silêncio?

"Este caminho se chama Vale do Silêncio. É conhecido de alguns como passeio aos labirintos da alma, veredas mudas, jardins da bruma, mergulho ao vazio... é a jornada onde o silêncio de si mesmo clama da essência do ser para não sucumbir às tormentas. Ali os gritos e ruídos externos são emudecidos para o momento da saída, que se revelará um grito de libertação do ser."

13 de jan. de 2011

Um mundo em crise

Nosso mundo não passa de um emaranhado onde sobrevivemos em espaços comprimidos por crises que passam e por crises que estão por vir.

"Mas até onde vai persistir este modelo? Será que já não há provas suficientes de que o modelo de economia de mercado já extrapolou com seus absurdos? A verdade é que provas há, já que as sucessivas crises se revelaram desastrosas o suficiente para temermos ainda mais os dias vindouros. Para que isso tenha clareza basta olhar as grandes crises ao longo da história do capitalismo e perceber que a incidência das mesmas é cada vez menos espaçada."

12 de jan. de 2011

Batidas à porta

Em meio ao silêncio de sua existência alguém bate à porta. Quem será? Você vai atender? Como?

"A evidência de tais princípios vêm à tona exatamente no momento em que o silêncio de seu mundo, sua casa e sua xícara de chá são rompidos por batidas à porta. Murros ou batidas suaves ecoam pelo espaço da sala, deixando somente o mistério e a interrogação sobre quem seria em uma hora derradeira, momento importuno ou simplesmente situação que não havia qualquer desejo ou intenção de receber alguém."

8 de jan. de 2011

Histórias de borboleta

As borboletas e sua majestade em nos levar a pensar sobre as fontes da existência

"Meio contrariado, eu logo peço um pouco de silêncio: "Está no hora de dormir, menina!" E ela, ficando quieta por alguns segundos, me abraça e pede docemente para que eu conte uma história. "E que história você quer eu conte?" - pergunto. A resposta: "Conta uma história de borboletinha, tio!"

Meu primeiro livro: Sussurros ao vento


Depois de um árduo trabalho e o deleite de profundas reflexões, finalmente realizei o sonho de publicar meu primeiro livro: Sussurros ao Vento - Palavras para sentir e pensar a vida. A obra reúne poesias, contos e crônicas, prezando sempre pelo viés da introspecção e caminhos de questionamentos sobre a realidade e vertentes essenciais sobre a vida com seus dilemas. 
Confira a sinopse:
Ao observar o vento soprando suas delícias tenho a oportunidade de adentrar nas reflexões sobre o que é a vida em sua essência... E ao vento eu lanço meus sussurros, minhas palavras de dúvidas e certezas, buscando intensamente o caminho que me conduz a alcançar plenitude e o deleite de encontrar meu espaço em meio à existência. De cenas do cotidiano e apelos vindos da alma, vou tecendo os fios que moldam minha completude em escolher, agir e reagir... a ser quem de fato sou. Mas afinal, o que somos? Para onde estamos conduzindo nossas vidas? São estes os clamores aos quais me lanço, te convidando a dançar na ciranda do ser, adentrar nos jardins da alma à procura de flores e sonhos, a olhar para o espelho da existência em busca do reflexo real do tudo e do nada, questionando valores, erguendo contradições, transgredindo o banal. E nesta jornada me rendo à limitação e à humildade de minha condição de ínfima parte da Criação. Assim como uma folha lançada ao vento desejo encontrar também o meu sentido. Vislumbrarei luz e sombras, verei o mundo, enfim, contemplarei a beleza que há na existência... 
"E para onde vai o vento? E de onde ele vem? É loucura buscar tais respostas, pois só o próprio vento sabe... Assim como é tão confuso traçar rotas para a vida E como folha que se desprendeu da árvore eu quero seguir meus rumos Sei que não me perderei, pois serei levado ao sabor do vento E ao sabor do vento encontrarei as saídas da vida"

Para adquirir o livro basta acessar o link: Sussurros ao Vento - Palavras para sentir e pensar a vida

5 de jan. de 2011

Eu descobri que tenho asas - Final

Em meio à floresta densa e escura há um sentido que desponta como luz... o verdadeiro sentido da existência

Final  do conto Eu descobri que tenho asas (clique nos links e leia o início: 1ª parte - 2ª parte - 3ª parte

"Fechando os olhos por um instante e suspirando profundamente, minhas asas começaram a adormecer de forma suave. Naquele lugar era somente eu, a luz da lamparina, a entrada, a saída, aquilo que me fez entrar e que me faria sair... e tudo mais que eu nunca havia enxergado por não conceber a humildade das asas..."

2 de jan. de 2011

Ainda sobre desejos...


Convido você a se deparar com os mistérios e aprendizados que há em seus desejos 

"E em meio aos turbilhões advindos dos conflitos claros na amálgama que há entre o que existe dentro de meu ser e aquilo que há nas imensidões de existências além da minha própria, penso nestes meu desejos. O que desejo realmente? O que me leva realizar escolhas acertadas ou tão cinzentas? Afinal, o que me leva a desejar algo hoje, alcançá-lo amanhã e esquecê-lo depois de amanhã? O que me faz desejar ou "desdesejar" tudo de novo?"