tag:blogger.com,1999:blog-77859732766323582792024-02-07T02:52:26.304-03:00Mundo em FocoUnknownnoreply@blogger.comBlogger165125tag:blogger.com,1999:blog-7785973276632358279.post-81873306084290230642015-09-27T22:04:00.001-03:002015-09-27T22:12:32.230-03:00A deusa da Dúvida<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjcEjeGpSTOgKaLCfBrvqL7-sIqWhK9QDtfFU1_-TAyLr8u7Rxrirr_6Z9tfBJA6YMgQrNcr7GF90BJEEglyvMLuH7HQZXhNsPeaeK1ucTyl3wf0xzdenSGtF5qWVPIwERILBOXonN7v0Eq/s1600/size_590_N%25C3%25AAmesis_deusa_grega.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="297" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjcEjeGpSTOgKaLCfBrvqL7-sIqWhK9QDtfFU1_-TAyLr8u7Rxrirr_6Z9tfBJA6YMgQrNcr7GF90BJEEglyvMLuH7HQZXhNsPeaeK1ucTyl3wf0xzdenSGtF5qWVPIwERILBOXonN7v0Eq/s400/size_590_N%25C3%25AAmesis_deusa_grega.jpg" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="color: #38761d;"> <i> </i></span></div>
<div style="text-align: center;">
<u><span style="font-size: large;"><span style="color: #38761d;"><i>A dúvida é o maior deleite dos seres humanos</i></span></span></u> </div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="text-align: justify;"><i style="background-color: white; color: #274e13; font-family: 'Crimson Text'; font-size: 15px; line-height: 20px;"><span class="Apple-style-span" style="background-color: white; font-family: Times, 'Times New Roman', serif; font-style: normal;"><i>===============================================</i></span></i><i style="background-color: white; color: #274e13; font-family: 'Crimson Text'; font-size: 15px; line-height: 20px;"><span class="Apple-style-span" style="background-color: white; font-family: Times, 'Times New Roman', serif; font-style: normal;"><i>=========</i></span></i></span><br />
<i><span style="color: #38761d;">
Sem saber exatamente por que, seguimos àquela sina arrebatadora.
Enfrentamos cotidianamente as dores de parto de nossos renascimentos e a
morte daquilo de nós que fica para trás a cada passo da jornada. Nossa
verdadeira esperança é ter alento de que a primazia da dúvida nos
confere um princípio de liberdade na construção de nossa própria
identidade e lugar no mundo. Como uma deusa bondosa a Dúvida sempre nos
estende as mãos e nos olha de forma terna.</span></i></div>
<div>
<div>
<div style="text-align: center;">
<i style="background-color: white; color: #274e13; font-family: 'Crimson Text'; font-size: 15px; line-height: 20px;"><span class="Apple-style-span" style="background-color: white; font-family: Times, 'Times New Roman', serif; font-style: normal;"><i>===============================================</i></span></i><i style="background-color: white; color: #274e13; font-family: 'Crimson Text'; font-size: 15px; line-height: 20px;"><span class="Apple-style-span" style="background-color: white; font-family: Times, 'Times New Roman', serif; font-style: normal;"><i>=========</i></span></i> </div>
</div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<a name='more'></a><br />
<div style="text-align: center;">
<span style="color: #38761d;"><u><span style="font-size: large;"><b>A deusa da Dúvida </b></span></u></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Diariamente somos impelidos por um desafio que nos lança e nos introduz no tempo. Uma sina que arrebata todos os esforços pela busca da construção daquilo que produz os sentidos que nos acomodam na existência. Nos encontramos vagando em um mundo confuso cuja realidade não proporciona respostas facilmente compreensíveis, sendo que muitas delas sequer se fazem possíveis. </div>
<div style="text-align: justify;">
A vida caminha sob o fardo da dúvida em seus momentos de deleite ou exasperação, de forma que somos eternos prisioneiros da dúvida, já que a certeza é uma palavra que, por si só, poderia ser traduzida por engano. Por bênção ou castigo dos deuses, do destino ou do acaso, a cada dia somos moldados pelo desejo, pela busca do encontro de nós com nós mesmos. Muitos eus em tempos e lugares se perdendo na vastidão. </div>
<div style="text-align: justify;">
A bem da verdade, há em nós um quê de inveja da ordem que parece existir no mundo físico. Possuímos, em algum lugar, uma centelha que clama pela constância que se materializa nas coisas, aparentemente tão estáticas e nós, tão cíclicos, calendários sem dias, meses, anos, completamente imprevisíveis e indecifráveis mediante os sabores e dissabores da vida. </div>
<div style="text-align: justify;">
Não nos compreendemos e isto nos assusta. Não somos compreendidos e isto nos perturba. Não compreendemos os outros e nos desesperamos. E o que acaba restando é um sem número de seres que, afoitos das respostas, mergulham nos abismos das certezas plenas, das respostas cheias de vazio para preencherem este vazio de não saberem quem exatamente são, a qual lugar pertencem. </div>
<div style="text-align: justify;">
Tais respostas, após a passagem de muitos nesta existência, acabaram por desenvolver sua própria natureza. Nascemos em um mundo onde as respostas nos esperam antes mesmo de sermos capazes de erguer certas perguntas, de forma que somos castrados daquilo que nos seria mais natural, mais pleno, o desejo de querer saber, de duvidar, de temer. </div>
<div style="text-align: justify;">
Um mundo de certezas nos põe em evidência para cada um de seus padrões previamente construídos. Define a felicidade, o amor, o medo. Declara um ideal a ser alcançado e para além dele não haveria vida. Poucos percebem este jogo sádico sem um algoz aparente. E pelo ordenamento somos expostos a cada dilema que persegue nossos tímidos avanços pelo império da dúvida, pelos caminhos à margem das certezas inquestionáveis que regem o mundo. </div>
<div style="text-align: justify;">
Sob a ideia do porto seguro proporcionado pelas certezas e projetos prontos de felicidade todos são convidados a viver um paraíso mas nossa natureza, pecaminosa ou autêntica (fico com a segunda palavra), faz com todos nós sejamos espíritos errantes que purgam nas chamas da dúvida mediante os decretos frios das certezas. Destas chamas confusas fluem os aromas doces ou putrefatos daquilo que a cada dia nos define, de maneira que, nos inserindo no tempo, buscamos nosso próprio tempo, construímos nossa identidade e ansiamos por encontrar nosso próprio lugar. </div>
<div style="text-align: justify;">
Sem saber exatamente por que, seguimos àquela sina arrebatadora. Enfrentamos cotidianamente as dores de parto de nossos renascimentos e a morte daquilo de nós que fica para trás a cada passo da jornada. Nossa verdadeira esperança é ter alento de que a primazia da dúvida nos confere um princípio de liberdade na construção de nossa própria identidade e lugar no mundo. Como uma deusa bondosa a Dúvida sempre nos estende as mãos e nos olha de forma terna. Para ela não há verdade, não há transgressão, não há ofensas, não há punição. Seus olhos estão voltados para seres em eterna construção. Em sua mãos o tempo se dissolve junto com as verdades e a vida da humanidade. Sabiamente, ela tão somente nos permite ser. </div>
Edward de A. Campanário Netohttp://www.blogger.com/profile/08204164548740164080noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7785973276632358279.post-61144214599275828702012-12-30T21:30:00.000-02:002012-12-30T21:50:17.892-02:00Ciclos de ilusões...<br />
<div style="text-align: center;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhOZP6f8v76ii3fZLX3lJ-obj6XxDphlvgX7CorsQ9BKSUju0pJ2_f9uTmK8i6NfpHW8UX_hRFWrckKj-t1GFdv1uV3mVlcZVNm3Vn_i-j4Z88uuFoj8DR0tHHDwty_jR6VSFXhzSdZeT2D/s1600/tempo.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhOZP6f8v76ii3fZLX3lJ-obj6XxDphlvgX7CorsQ9BKSUju0pJ2_f9uTmK8i6NfpHW8UX_hRFWrckKj-t1GFdv1uV3mVlcZVNm3Vn_i-j4Z88uuFoj8DR0tHHDwty_jR6VSFXhzSdZeT2D/s1600/tempo.jpg" /></a></div>
<span style="text-align: justify;"><i style="background-color: white; color: #274e13; font-family: 'Crimson Text'; font-size: 15px; line-height: 20px;"><span class="Apple-style-span" style="background-color: white; font-family: Times, 'Times New Roman', serif; font-style: normal;"><i><br /></i></span></i></span>
<span style="text-align: justify;"><i style="background-color: white; color: #274e13; font-family: 'Crimson Text'; font-size: 15px; line-height: 20px;"><span class="Apple-style-span" style="background-color: white; font-family: Times, 'Times New Roman', serif; font-style: normal;"><i>===============================================</i></span></i><i style="background-color: white; color: #274e13; font-family: 'Crimson Text'; font-size: 15px; line-height: 20px;"><span class="Apple-style-span" style="background-color: white; font-family: Times, 'Times New Roman', serif; font-style: normal;"><i>=========</i></span></i></span><br />
<span style="text-align: justify;"><i style="background-color: white; color: #274e13; font-family: 'Crimson Text'; font-size: 15px; line-height: 20px;"><span class="Apple-style-span" style="background-color: white; font-family: Times, 'Times New Roman', serif; font-style: normal;"><i><br /></i></span></i></span></div>
<i><span style="color: #38761d;">E na minha própria ilusão de um ciclo que se encerra para um ano novo que se inicia, desejo ir além em minha própria autonomia. Quero ser mais livre, quero desconfiar e me indignar das ilusões que colocam à frente de meus olhos; quero exercer a infinitude de meus pensamentos para ser capaz de lançar às friezas e augúrios da existência rotas de mudança. Quero, mais que tudo, compreender que já há ilusões por demais para que eu me permita seduzir por um ciclo de ilusões que me aprisionam e me fazem desconhecer o que sou e o que de fato desejo ser... <span style="text-align: justify;"> </span> </span></i><br />
<div>
<span style="color: #274e13;"><i><br /></i></span>
<br />
<div>
<div style="text-align: center;">
<i style="background-color: white; color: #274e13; font-family: 'Crimson Text'; font-size: 15px; line-height: 20px;"><span class="Apple-style-span" style="background-color: white; font-family: Times, 'Times New Roman', serif; font-style: normal;"><i>===============================================</i></span></i><i style="background-color: white; color: #274e13; font-family: 'Crimson Text'; font-size: 15px; line-height: 20px;"><span class="Apple-style-span" style="background-color: white; font-family: Times, 'Times New Roman', serif; font-style: normal;"><i>=========</i></span></i></div>
</div>
</div>
<br />
<br />
<a name='more'></a><div style="text-align: center;">
<b><span style="color: #274e13;">Ciclos de ilusões... </span></b></div>
<div>
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Cai a chuva lá fora, serena e fria. O ar abafado de verão que trazia suspiros longos e suor se dissipa e dá lugar a uma brisa fresca que acalenta a agitação quase natural dos últimos dias do ano. Todos continuam vivendo suas vidas, de forma que a realidade segue seu fluxo em um ordenado caótico, permeado por uma falsa sensação de constância. </div>
<div style="text-align: justify;">
É o fim de mais um ciclo, mais um ano que termina diante de nossos olhos, deixando para trás a memória de tudo que foi sentido. Novamente nos vemos sob a face de algo que se apresenta como novo: um novo ano, uma nova vida, nós mesmos sendo coisas novas no tempo e no espaço. Se repete o ciclo de ilusões onde está imersa a humanidade, em seus dilemas e quimeras tão complexos, admiráveis ou repugnantes, mas tão somente humanos. </div>
<div style="text-align: justify;">
Ilusão. Somos exatamente humanos por sermos capazes de cria-la e vivê-la. Assim avançamos e, gradualmente, fizemos sobre ela a base de nosso mundo e seguimos mantendo-a mesmo após milênios de avanços. Contamos os dias, horas, minutos, o tempo... Mesmo sabendo que não sobreviveremos e resistiremos a ele, ainda assim nos agarramos à ilusão de que possuímos algum controle sobre o mecanismo de todo o universo. </div>
<div style="text-align: justify;">
Tais apontamentos poderiam parecer demasiados pessimistas, mas são somente um ode à necessidade de nos atermos a como nos tornamos escravos e servos cegos dos ciclos de ilusões criados ao longo da humanidade. A questão inconveniente é que passamos a viver na ilusão da ilusão.</div>
<div style="text-align: justify;">
Parece confuso? Talvez seja, e, imagino, o é! Verdadeiramente é complexo por demais imaginar que em nosso mundo simbólico de convenções fomos capazes mergulhar ainda mais fundo no irreal e sem sentido para criarmos ainda mais ilusões e enganos a nós mesmos e à nossa razão. </div>
<div style="text-align: justify;">
O problema não está em contarmos o tempo e vivermos a finitude que nos é natural com sentimentos de infinitude e resistência. É menor a questão que nos impulsiona a celebrar aniversários, competir ou trocar calendários diante do que há em nós que, nestes momentos, geralmente nos afunda em absurdos.</div>
<div style="text-align: justify;">
Com o término de um ano e o início de outro, em termos reais, nada muda. A sociedade segue seu fluxo e as pessoas levam suas vidas basicamente do mesmo modo. Passadas as festas e celebrações todos voltarão a ser o que são, às vezes com a diferença de estarem iludidas de si mesmas de que tudo será diferente, de que serão diferentes, o que considero lastimável! Geralmente isto ocorre pela nossa estranha capacidade de mentirmos para nós mesmos e crermos, distorcendo a realidade a ponto de tais mentiras se mostrarem verossímeis. </div>
<div style="text-align: justify;">
Diante de tais apontamentos não pretendo desprezar os desejos de planejamento e as vivências que se movem em nosso ser ao fim ou início de ciclos. Isto faz parte da ilusão que nos humaniza. Minha lógica é simplesmente a da realização de uma reflexão pautada na solidez da realidade, que efetive em nós um processo de autonomia que se faça constante e passível de revisão na mesma ou maior proporção, isto não somente no término dos calendários, mas em cada dia a ser vivido até o findar da existência. </div>
<div style="text-align: justify;">
Não é preciso esperar o ano novo para compreendermos ou nos arriscarmos à compreensão de nossa inserção nesta sociedade ou na existência das pessoas à nossa volta. Além disto, poderíamos aproveitar muito mais este impulso do findar e iniciar de ciclos para traçarmos metas um tanto mais dignas de nossa própria humanidade. Por que não fazermos promessas de nos indignarmos mais com a desigualdade, consumismo ou com as injustiças sociais? Poderíamos refletir pautados na esfera da realidade, mas nosso momento de ilusão serve para criar mais e mais ciclos de ilusões que distorcem o que nos cerca. </div>
<div style="text-align: justify;">
E assim terminaremos mais um ano com promessas vazias e enganos. No novo ano as igrejas continuarão lotadas de pessoas desesperadas que buscam esperança e soluções imediatas e recebem mentiras de estelionatários que se usam de sua fé para o lucro; as esquinas estarão repletas da famintos mendigando o que sobra na mesa de uns poucos abastados, que sentem o êxtase de sua própria riqueza; a mídia seguirá manipulando as massas e usurpando delas seu exercício de autonomia; os conglomerados industriais continuarão convencendo a todos de falsas necessidades e venderá ainda mais absurdos em produtos e serviços; os políticos e governos seguirão mentindo e nos anestesiando da realidade e seus seguidores insistirão em repetir seus discursos oficiais vestidos de números e despidos de humanidade; se entrelaçarão enganadores e enganados, fieis e traidores, covardes e ousados, céticos e religiosos, homens e mulheres, jovens e velhos, todos tecendo a trama deste ciclo de ilusões que é feito de novos anos velhos que se repetem. Tudo isto pois não nos permitimos promessas efetivas de novos ciclos, por fazermos de nossas promessas de ano novo um potente anestésico que nos dá a falsa sensação de prazer em meio à força da realidade. </div>
<div style="text-align: justify;">
E na minha própria ilusão de um ciclo que se encerra para um ano novo que se inicia, desejo ir além em minha própria autonomia. Quero ser mais livre, quero desconfiar e me indignar das ilusões que colocam à frente de meus olhos; quero exercer a infinitude de meus pensamentos para ser capaz de lançar às friezas e augúrios da existência rotas de mudança. Quero, mais que tudo, compreender que já há ilusões por demais para que eu me permita seduzir por um ciclo de ilusões que me aprisionam e me fazem desconhecer o que sou e o que de fato desejo ser... </div>
<div style="text-align: justify;">
Feliz ano novo! </div>
<br />
<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
<div style="text-align: start;">
<span style="font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 12px;">Escrito por Edward de A. Campanario Neto</span></div>
<br class="Apple-interchange-newline" />
<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<span style="color: #274e13;">===============================================</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="color: #274e13;">"Desejo que seu novo ano seja repleto de indignação."</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="color: #274e13;">=============================================== </span></div>
</div>
<br />
<br />
Edward de A. Campanário Netohttp://www.blogger.com/profile/08204164548740164080noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7785973276632358279.post-15263521259466411802012-11-27T00:04:00.002-02:002012-11-27T00:05:30.967-02:00Semeadores de estrelas<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiVapGel70ZrT1Txe3dRyGooSM9tr9oBPoKnw-4vzy2obFnj5ZmwRY4ND7BL_g1PK0PpvEkwUgw5aXQIOmQw39bgkb_NVLIHJdnPPV1StvPUJ6cDqR-tReWELbsVIqt5rz5pclzTVUbz7V-/s1600/Semeadores+de+estrelas.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiVapGel70ZrT1Txe3dRyGooSM9tr9oBPoKnw-4vzy2obFnj5ZmwRY4ND7BL_g1PK0PpvEkwUgw5aXQIOmQw39bgkb_NVLIHJdnPPV1StvPUJ6cDqR-tReWELbsVIqt5rz5pclzTVUbz7V-/s1600/Semeadores+de+estrelas.jpg" /></a></div>
<div>
<span style="text-align: justify;"><br /></span></div>
<span style="text-align: justify;"></span><br />
<div style="text-align: center;">
<span style="text-align: justify;"><i style="background-color: white; color: #274e13; font-family: 'Crimson Text'; font-size: 15px; line-height: 20px;"><span class="Apple-style-span" style="background-color: white; font-family: Times, 'Times New Roman', serif; font-style: normal;"><i>===============================================</i></span></i><i style="background-color: white; color: #274e13; font-family: 'Crimson Text'; font-size: 15px; line-height: 20px;"><span class="Apple-style-span" style="background-color: white; font-family: Times, 'Times New Roman', serif; font-style: normal;"><i>=========</i></span></i>
</span><br />
<span style="text-align: justify;"><i style="background-color: white; color: #274e13; font-family: 'Crimson Text'; font-size: 15px; line-height: 20px;"><span class="Apple-style-span" style="background-color: white; font-family: Times, 'Times New Roman', serif; font-style: normal;"><i><br /></i></span></i></span></div>
<span style="text-align: justify;">
<i><span style="color: #274e13;">Colher estrelas nos céus para depois </span></i></span><i><span style="color: #274e13;"><span style="text-align: justify;">semeá</span><span style="text-align: justify;">-las na terra. Enfrentar o medo da sombra da noite para lançar um pouco de luz nas trevas que lançam os grilhões que aprisionam o coração acuado... Algo que se destinaria a quem mediante ao espanto e momento de derradeiro desespero? </span> </span></i><div>
<span style="color: #274e13;"><i><br /></i></span><br />
<div>
<div style="text-align: center;">
<i style="background-color: white; color: #274e13; font-family: 'Crimson Text'; font-size: 15px; line-height: 20px;"><span class="Apple-style-span" style="background-color: white; font-family: Times, 'Times New Roman', serif; font-style: normal;"><i>===============================================</i></span></i><i style="background-color: white; color: #274e13; font-family: 'Crimson Text'; font-size: 15px; line-height: 20px;"><span class="Apple-style-span" style="background-color: white; font-family: Times, 'Times New Roman', serif; font-style: normal;"><i>=========</i></span></i>
</div>
<a name='more'></a><br />
<div style="text-align: center;">
<b><span style="color: #274e13;">Semeadores de estrelas</span></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Depois que o sol se vai, ao olharmos pela janela, lá fora espreita um jardim escuro e sombrio. As arvores balançam seus galhos retorcidos que mais parecem mãos afoitas para tomarem nossas exasperações para com elas gesticularem um frenesi sinistro e de medo.</div>
<div style="text-align: justify;">
O som suave das brisas vespertinas se transmuta em sussurros que carregam a voz fria e seca da morte, aquela senhora de mãos ossudas que voa com seu manto negro sob a face da noite. A grama faz torna-se campo onde se ouve o baque surdo de cabeças que rolam sob o peso de sua foice, o terreno que abriga os passos das almas errantes e agonizantes que penam seus perjúrios e castigos entre o mundo dos vivos e mortos. </div>
<div style="text-align: justify;">
Na parede o relógio que marcava animosamente o correr das horas em suas delícias da manhã agora tem em seus ponteiros uma sina cega e aterrorizante. Não conta ele minutos a mais daquilo que se viveu, mas cada minuto que se perdeu para todo sempre, na ânsia da derrota. Perda de tempo, perda da vida, perda de si mesmo... </div>
<div style="text-align: justify;">
A casa aconchegante é agora uma fortaleza de segurança duvidosa, um mausoléu de assombrações e espantos que habitam nos quadros, no ranger das portas e nas batidas estranhas nas janelas. No espelho há a sensação de um vulto que se manifesta como reflexo estranho e medonho de uma nêmesis envolta em enxofre e fumaça. E quando o ser se atreve a olhar não era ninguém, não há ninguém a não ser ele mesmo. </div>
<div style="text-align: justify;">
Mas não haveria mesmo de ser alguém. Tão somente os labirintos de tal coração receoso do próprio ser é que poderiam criar um mundo que, sem existir, existe. O medo, a inação, a decepção, a perda, criam o arquétipo de uma existência fadada à dor e inundada de demônios que vão daqueles que possuem chifres e cauda até aos sutis que se escondem no vício, no vazio, na solidão.</div>
<div style="text-align: justify;">
Evocada a ilusão deste mundo, basta que o sol dos bons momentos se ponha para erguer-se um castelo de brumas maléficas, um castelo de cartas formado somente de coringas zombeteiros. Às vezes os sortilégios que trazem tudo à tona se mascaram em uma perda, uma decepção, um amor que se foi, um fracasso qualquer que transita entre o comum e trágico.</div>
<div style="text-align: justify;">
E o que fazer quando a escuridão deixa o mundo do ser para ser o mundo? Aproximando-se as nuvens da tormenta, os gritos das banchees, como não sentir o temor, tal qual o temor dos enforcados em seu grito derradeiro junto ao grito das mandrágoras? </div>
<div style="text-align: justify;">
Muitos são os caminhos, muitas as escolhas. Alguns se esconderão em sua casa mal assombrada; outros sucumbirão à loucura e correrão tais como cães famintos pela noite fria; uns ainda vivos beberão e se envenenarão do café morno da morte e se perderão entre os fantasmas que vagam à sua volta; muitos tentarão se defender de suas mazelas com seus patuás ou deuses imersos em meias verdades ou mentiras inteiras, caindo na sina de que tudo ficará bem; e, ainda, haverá aqueles que irão aos céus sombrios, traspassando as nuvens densas e gélidas para lá colherem as estrelas que carregam o brilho que as tirará de uma escuridão total.</div>
<div style="text-align: justify;">
Colher estrelas nos céus para depois semeá-las na terra. Enfrentar o medo da sombra da noite para lançar um pouco de luz nas trevas que lançam os grilhões que aprisionam o coração acuado... Algo que se destinaria a quem mediante ao espanto e momento de derradeiro desespero? </div>
<div style="text-align: justify;">
De fato quem somos nós mediante a dor? Pensar em ir ao encontro das estrelas pode parecer demasiado absurdo em tais momentos. E por nós mesmos não há como conseguir, mas tão somente através daquilo que se desloca um pouco do ser, que vai além. Uma boa lembrança, o resgatar de sentimentos e sensações de quando estivemos e fomos felizes. Um lugar, talvez; uma pessoa amada ou simples palavras que nos dão certa ousadia não para deixarmos de temer, para suficientemente suportarmos e enfrentarmos nosso próprios medos.</div>
<div style="text-align: justify;">
E o que nos impulsiona para além de nós mesmos é a disposição pelo novo. É preciso mais que esperança para alcançarmos nossos sonhos e vencermos as quimeras que nos assolam. Esperança muitas vezes é crença cega, rota vazia ou um passo para o abismo, pode ser um persistência sem sentido e que traz mais feridas. Mas sair para colher e semear estrelas é diferente. Não nega a dor, não finge que ela não existe. Não! Aceita a vivência de um momento através de uma esperança revestida na concretude de que pequenos pontos de luz são suficientes em meio à escurdião até que o sol surja para varrer a noite e levar o medo.</div>
<div style="text-align: justify;">
Semear estrelas é aceitar a finitude, a consciência de que a vida é um ciclo que se segue em seus momentos de satisfação e dor e que nem, por isso é um marasmo cinzento. É fitar o pouco como muito e o muito como nada; o tudo como coisa nenhuma, o nada como todas as coisas; tudo sobre o firme fundamento de que a vida é curta e a intensidade daquilo que vivemos nos momentos em que nos permitimos viver de forma plena é que farão toda a diferença em relação ao que definimos por felicidade. </div>
<div style="text-align: justify;">
Que sejamos todos semeadores dos sentimentos e práticas que dão cor e tom à existência. Que possamos sair nas trevas da noite densa para semearmos estrelas em nossos caminhos e nos caminhos de quem amamos e queremos bem, colorindo a existência com ladrilhos celestes, amenizando sombras e dores na busca da alvorada com seu doce ar de renovo. </div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<div style="text-align: start;">
<span style="font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 12px;">Escrito por Edward de A. Campanario Neto</span></div>
<br class="Apple-interchange-newline" />
<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<span style="color: #274e13;">===============================================</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="color: #274e13;">"Semear estrelas é lançar luzes às trevas que nós mesmos criamos."</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="color: #274e13;">=============================================== </span></div>
</div>
</div>
Edward de A. Campanário Netohttp://www.blogger.com/profile/08204164548740164080noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-7785973276632358279.post-10689221456571690322012-11-13T11:09:00.000-02:002012-11-13T11:09:11.812-02:00Surpresas da vida<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjMVxbSNCRYqyo_Jh1SVcW8PtfcgOeBWOBnmB7mwqXoV6fwp3I_Dvj5hM9V0iEcSLhQU3Xm2EE6Fi9pSBNDU4T0UjvwBUt3OUkMhMtij34k_-yVRVjCdsFKA-66zAcLFqR4KVfaPvgLIEHf/s1600/Surpresas+da+vida.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="264" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjMVxbSNCRYqyo_Jh1SVcW8PtfcgOeBWOBnmB7mwqXoV6fwp3I_Dvj5hM9V0iEcSLhQU3Xm2EE6Fi9pSBNDU4T0UjvwBUt3OUkMhMtij34k_-yVRVjCdsFKA-66zAcLFqR4KVfaPvgLIEHf/s320/Surpresas+da+vida.jpg" width="320" /></a></div>
<div align="center" class="ecxMsoNormal" style="background-color: white; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 21px; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center;">
<i style="color: #274e13; font-family: 'Crimson Text'; line-height: 20px;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif; font-style: normal;"><i><br /></i></span></i></div>
<div align="center" class="ecxMsoNormal" style="background-color: white; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 21px; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center;">
<i style="color: #274e13; font-family: 'Crimson Text'; line-height: 20px;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif; font-style: normal;"><i>===============================================</i></span></i><i style="color: #274e13; font-family: 'Crimson Text'; line-height: 20px;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif; font-style: normal;"><i>=========</i></span></i></div>
<div align="center" class="ecxMsoNormal" style="background-color: white; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 21px; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center;">
</div>
<div class="ecxMsoNormal" style="background-color: white; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 21px; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 18px;"><span style="color: #274e13;"><i>Todos se lançam às suas próprias buscas, no cumprimento de sua sina</i></span></span></div>
<div class="ecxMsoNormal" style="background-color: white; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 21px; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 18px;"><span style="color: #274e13;"><i>A sina é o cumprimento do desejo perene, da razão do sentimento</i></span></span></div>
<div class="ecxMsoNormal" style="background-color: white; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 21px; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 18px;"><span style="color: #274e13;"><i>Assim nos arriscamos, permitimo-nos o novo e nos lançamos a viver</i></span></span></div>
<div class="ecxMsoNormal" style="background-color: white; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 21px; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center;">
</div>
<div align="center" class="ecxMsoNormal" style="background-color: white; margin-bottom: 0.0001pt;">
<i style="color: #274e13; font-family: 'Crimson Text'; font-size: 15px; line-height: 20px;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif; font-style: normal;"><i>===============================================</i></span></i><i style="color: #274e13; font-family: 'Crimson Text'; font-size: 15px; line-height: 20px;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif; font-style: normal;"><i>=========</i></span></i></div>
<div align="center" class="ecxMsoNormal" style="background-color: white; margin-bottom: 0.0001pt;">
<b style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 18px;"><span style="color: #38761d;"></span></b></div>
<a name='more'></a><br />
<div align="center" class="ecxMsoNormal" style="background-color: white; margin-bottom: 0.0001pt;">
<b style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 18px;"><span style="color: #38761d;">Surpresas da vida</span></b></div>
<div align="center" class="ecxMsoNormal" style="background-color: white; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 21px; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="ecxMsoNormal" style="background-color: white; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 21px; margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 18px;">A vida é capaz de grandes surpresas, despertando o novo</span></div>
<div class="ecxMsoNormal" style="background-color: white; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 21px; margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 18px;">E surpreendentes são as percepções da simplicidade</span></div>
<div class="ecxMsoNormal" style="background-color: white; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 21px; margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 18px;">De fato, as sutilezas é que revelam a essência do existir</span></div>
<div class="ecxMsoNormal" style="background-color: white; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 21px; margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="ecxMsoNormal" style="background-color: white; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 21px; margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 18px;">Há um curso, um rumo de existências em eterno movimento</span></div>
<div class="ecxMsoNormal" style="background-color: white; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 21px; margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 18px;">No cenário do mundo elas bailam, serenas ou não, em suas próprias razões</span></div>
<div class="ecxMsoNormal" style="background-color: white; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 21px; margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 18px;">E o que impera é o curso do desejo, a promessa de felicidade do ser</span></div>
<div class="ecxMsoNormal" style="background-color: white; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 21px; margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="ecxMsoNormal" style="background-color: white; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 21px; margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 18px;">Todos se lançam às suas próprias buscas, no cumprimento de sua sina</span></div>
<div class="ecxMsoNormal" style="background-color: white; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 21px; margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 18px;">A sina é o cumprimento do desejo perene, da razão do sentimento</span></div>
<div class="ecxMsoNormal" style="background-color: white; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 21px; margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 18px;">Assim nos arriscamos, permitimo-nos o novo e nos lançamos a viver</span></div>
<div class="ecxMsoNormal" style="background-color: white; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 21px; margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="ecxMsoNormal" style="background-color: white; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 21px; margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 18px;">Nesta jornada nos deparamos com as tais sutilezas da existência</span></div>
<div class="ecxMsoNormal" style="background-color: white; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 21px; margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 18px;">À medida que nos permitimos desafios, surpresas vão e vêm</span></div>
<div class="ecxMsoNormal" style="background-color: white; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 21px; margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 18px;">Com elas flertamos nossos sonhos, desejos, ideais</span></div>
<div class="ecxMsoNormal" style="background-color: white; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 21px; margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="ecxMsoNormal" style="background-color: white; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 21px; margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 18px;">E na estrada de meus próprios desafios, sutilezas me encantaram</span></div>
<div class="ecxMsoNormal" style="background-color: white; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 21px; margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 18px;">Sutilezas estas vestidas de um rosto e sorriso radiantes</span></div>
<div class="ecxMsoNormal" style="background-color: white; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 21px; margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 18px;">Tamanha surpresa mediante a doce mulher com traços de luar</span></div>
<div class="ecxMsoNormal" style="background-color: white; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 21px; margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="ecxMsoNormal" style="background-color: white; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 21px; margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 18px;">Para tal luar direcionarei meus olhos e poemas, doces e verdadeiras palavras</span></div>
<div class="ecxMsoNormal" style="background-color: white; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 21px; margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 18px;">Me permitirei à contemplação desta agradável surpresa que mexe com meus brios</span></div>
<div class="ecxMsoNormal" style="background-color: white; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 21px; margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 18px;">Quero também ser para ela, para ti, motivo de surpresa e satisfação... </span></div>
<div class="ecxMsoNormal" style="background-color: white; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 21px; margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 18px;"><br /></span></div>
<div class="ecxMsoNormal" style="background-color: white; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 21px; margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 18px;"><br /></span></div>
<div class="ecxMsoNormal" style="background-color: white; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 21px; margin-bottom: 0.0001pt;">
</div>
<div style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: medium; line-height: normal;">
<span style="font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 12px;">Escrito por Edward de A. Campanario Neto</span></div>
<div style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: medium; line-height: normal; text-align: justify;">
<br class="Apple-interchange-newline" /></div>
<div style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: medium; line-height: normal; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: medium; line-height: normal; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: medium; line-height: normal; text-align: center;">
<span style="color: #274e13;">===============================================</span></div>
<div style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: medium; line-height: normal; text-align: center;">
<span style="color: #274e13;">"Surpresas, os fatos que sacodem a existência e nos lembram que estamos vivos"</span></div>
<div style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: medium; line-height: normal; text-align: center;">
<span style="color: #274e13;">=============================================== </span></div>
<br />
Edward de A. Campanário Netohttp://www.blogger.com/profile/08204164548740164080noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7785973276632358279.post-21511278844290263192012-09-14T14:36:00.000-03:002012-09-14T14:36:56.102-03:00Andando na Bruma<br />
<div style="text-align: justify;">
<div style="text-align: center;">
<br />
<div style="background-color: white; color: #474747; font-family: serif; font-size: 15px; line-height: 20px;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj8qkYQFFwOn8V8BFKnKFuKK0mvvU5JTD6ASgnVnsV3VeDuAIznMe3CxutmamzZMkUY4cEuBd4PQVaS38AhB2rkA8CngEfTlnorgKC9837faOzaNLPY9ZEE1RZL8VsDamGbecOWOA9C1wMA/s1600/andando+nas+brumas+-+EDITADO.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="242" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj8qkYQFFwOn8V8BFKnKFuKK0mvvU5JTD6ASgnVnsV3VeDuAIznMe3CxutmamzZMkUY4cEuBd4PQVaS38AhB2rkA8CngEfTlnorgKC9837faOzaNLPY9ZEE1RZL8VsDamGbecOWOA9C1wMA/s320/andando+nas+brumas+-+EDITADO.JPG" width="320" /></a></div>
<span class="Apple-style-span" style="color: #274e13; font-family: 'Crimson Text';"><i><span class="Apple-style-span" style="background-color: white; font-family: Times, 'Times New Roman', serif; font-style: normal;"><i><br /></i></span></i></span>
<span class="Apple-style-span" style="color: #274e13; font-family: 'Crimson Text';"><i><span class="Apple-style-span" style="background-color: white; font-family: Times, 'Times New Roman', serif; font-style: normal;"><i>===============================================</i></span></i><i><span class="Apple-style-span" style="background-color: white; font-family: Times, 'Times New Roman', serif; font-style: normal;"><i>=========</i></span></i></span></div>
<div style="text-align: start;">
<div style="background-color: white; text-align: center;">
<br />
<div style="text-align: justify;">
<i><span style="color: #274e13;"><span style="background-color: white;">"Tal qual</span><span style="background-color: white;"> </span><span style="background-color: white;">Morgana das Fadas, </span><span style="background-color: white;">fito meu mundo que se esvanece e se perde nas brumas, tendo certo receio de me tornar prisioneiro daquela rainha do povo encantado, que alimentava com ilusão e loucura seus hóspedes num misto de prazer e crueldade. De um caminho a outro há o temor de uma ou outra armadilha que espreita para o ocaso definitivo do vínculo com a realidade." </span></span></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i style="background-color: white;"><span style="color: #274e13;"><br /></span></i></div>
<span class="Apple-style-span" style="color: #274e13; font-family: 'Crimson Text'; font-size: 15px; line-height: 20px;"><i><span class="Apple-style-span" style="background-color: white; font-family: Times, 'Times New Roman', serif; font-style: normal;"><i>===============================================</i></span></i><i><span class="Apple-style-span" style="background-color: white; font-family: Times, 'Times New Roman', serif; font-style: normal;"><i>=========</i></span></i></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="color: #274e13; font-family: 'Crimson Text'; font-size: 15px; line-height: 20px;"><i><span class="Apple-style-span" style="background-color: white; font-family: Times, 'Times New Roman', serif; font-style: normal;"><i></i></span></i></span><br />
<a name='more'></a></div>
</div>
<br />
<b><span style="color: #274e13;">Andando na Bruma</span></b></div>
<br />
Andando em meus caminhos distantes, absorto na imensidão dos pensamentos, olho ao redor e me percebo envolto em densas brumas. Gradativamente meu mundo se perde sob seu manto frio, de modo que já não sei onde ou quando estou. Tão somente o silêncio e a dúvida me acompanham, evocando a estranheza de uma realidade atemporal e descolada do conhecido.<br />
Tal qual <i>Morgana das Fadas, </i>fito meu mundo que se esvanece e se perde nas brumas, tendo certo receio de me tornar prisioneiro daquela rainha do povo encantado, que alimentava com ilusão e loucura seus hóspedes num misto de prazer e crueldade. De um caminho a outro há o temor de uma ou outra armadilha que espreita para o ocaso definitivo do vínculo com a realidade.<br />
Assim sendo, não tenho convicções suficientes sobre o poder desta névoa que me assombra. Fica confuso precisar de onde vem, se de lugares próximos ou distantes, sendo que me questiono se não é mais uma das reentrâncias de meus próprios pensamentos, minha nêmesis escondida em salas e câmeras no âmago de meu ser.<br />
Aos poucos me distancio daqueles que me cercam, pois eles não capazes de me seguir nesta sina. De repente me vejo falando e andando só, mesmo estando acompanhado. Sei que não mais estou num tempo e espaço comum, mas tomado das brumas que me transportaram para minhas veredas misteriosas. Enquanto fito as grandes <i>Pedras do Thor</i>, ouço o badalar longínquo da <i>igreja de Glastonbury</i>. Me perguntam dos sinos, das orações, e eu simplesmente não sei do que dizem.<br />
Não me atentando a toda esta vivência como algo necessariamente negativo, confesso que acho não só estranho mas também demasiado curioso perambular entre mundos tão distintos. Das banalidades e futilidades, mazelas e tudo mais que impera na concretude, me lanço em uma dimensão oculta como que pelo pronunciar de palavras mágicas, mistérios antigos vestidos de uma novidade renovadora.<br />
Por vezes alguns de meus acompanhantes me seguem para o mundo das brumas quando eu, sem perceber, evoco meus sortilégios. Por lá sentem-se completamente perdidos, imagino que da mesma forma como me sinto desde que me entendo por existente em mundo permeado de vazios e paradigmas. Na maioria das vezes, quando os tais retornam para esta realidade esteriotipada, demonstram medo pelos questionamentos de seus próprios valores por parte daquela realidade outra, sequer vislumbrada, ousada, com poder de rompimento em relação ao comum.<br />
Muitos diriam que estou gradualmente enlouquecendo ao verter esta enxurrada de absurdos, o que me leva às mais profundas reflexões sobre os limites da loucura e sanidade em tempos onde a relativização é tamanha que sequer compreendemos de forma consensual as temáticas mais genéricas, o que, insisto, não é essencialmente bom ou ruim.<br />
Diante de tudo isto poderia me enganar e dizer que trata-se de uma fase, momentos passageiros e que tão somente deveria escolher um de meus mundos e viver unicamente nele. Me armando destes clichês acalentaria um conforto ilusório, o que não me permito - ou ao menos não me permito mais - , já que a existência é permeada de coisas e vivências muito maiores que nós mesmos, avessas àquilo que temos por arbítrio ou escolha. A bem da verdade, não escolhemos sequer existir, o que confirma num patamar sólido a convicção de que tudo de fato é passageiro, no sentido de ter início e fim num escopo distinto e incompressível.<br />
Em uma perspetiva ampla e coesa, fica bem claro que não há sentido além daquilo que eu determinar dentro do que se revela determinável ou indeterminável. Seja meu mundo real ou de brumas, tudo ou nada terá seu próprio fim. Pessimismo ou falta de perspectiva? Creio que não. Trata-se de uma visão daqueles que abriram mão da ilusão banal em prol da ilusão do real, esta segunda tão passageira quanto a primeira, mas imersa num princípio de finitude que dá um valor extremo à existência, já que tem cada momento como intenso por ser exatamente eterno enquanto perdura.<br />
Deslumbrando meu próprio ser pelo prisma da bruma subjetiva que me ronda, sou capaz de lançar olhares diferenciados e vivenciar meus próprios mundos outros, na imensidão do grande oceano que há no ser. Andando na bruma respiro o aroma da finitude, que me torna tão único e me diz que em toda grandeza e complexidade do universo os mundos vêm e vão, em seus inícios e fins perdem-se dentro de uma bruma. Quer queiramos ou não, de um jeito ou outro, nossos mundos mergulharão nas sombras, na névoa da noite.<br />
Se ando na bruma, não mais andarei, pois nem mesmo a bruma que traga meu mundo prevalecerá em si. Não me preocupo com a bruma e meu mundo que se insere nela, mas naquilo que vou me transformando à medida em que caminho nesta sina humana, imperfeita, não em busca de certezas inabaláveis, mas na construção de sentidos que façam com que eu olhe para meu ser e me reconheça. Complexo, simples assim...<br />
<br />
<br />
<div style="text-align: start;">
<span style="font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 12px;">Escrito por Edward de A. Campanario Neto</span></div>
<br class="Apple-interchange-newline" /><br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<span style="color: #274e13; text-align: center;">===============================================</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="color: #274e13;">"Nem todo distanciamento é assim tão longe de nós mesmos."</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="color: #274e13;">=============================================== </span></div>
<div style="text-align: center;">
<br class="Apple-interchange-newline" /></div>
</div>
Edward de A. Campanário Netohttp://www.blogger.com/profile/08204164548740164080noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7785973276632358279.post-9603226260538935912012-06-04T10:59:00.000-03:002012-06-04T10:59:06.422-03:00As marcas da distância<br />
<div style="background-color: white; color: #474747; font-family: serif; font-size: 15px; line-height: 20px; text-align: center;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiGbcy1YHMszIObVlDPVbqEj6EWsBl87-T141NlJ2hP9r94wUEsIj-fcTKgdiAMZd1vEEcruw4WK_ZAbtXV_MYky-glWbzpLPDutNMMfueEZMSpw9ySCI0JlOhyphenhyphenE3uAElFPND3pO9rs7x2h/s1600/t%C3%A3o+distante.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="202" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiGbcy1YHMszIObVlDPVbqEj6EWsBl87-T141NlJ2hP9r94wUEsIj-fcTKgdiAMZd1vEEcruw4WK_ZAbtXV_MYky-glWbzpLPDutNMMfueEZMSpw9ySCI0JlOhyphenhyphenE3uAElFPND3pO9rs7x2h/s320/t%C3%A3o+distante.jpeg" width="320" /></a></div>
<span class="Apple-style-span" style="color: #274e13; font-family: 'Crimson Text';"><i><span class="Apple-style-span" style="background-color: white; font-family: Times, 'Times New Roman', serif; font-style: normal;"><i><br /></i></span></i></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="color: #274e13; font-family: 'Crimson Text';"><i><span class="Apple-style-span" style="background-color: white; font-family: Times, 'Times New Roman', serif; font-style: normal;"><i>===============================================</i></span></i><i><span class="Apple-style-span" style="background-color: white; font-family: Times, 'Times New Roman', serif; font-style: normal;"><i>=========</i></span></i></span></div>
<div>
<div style="background-color: white; text-align: center;">
<br />
<div style="text-align: justify;">
<i><span style="color: #274e13;">Que marcas foram estas que nos lançaram para longe do nosso próprio ser? O que foi capaz de causar o espantamento de fitarmos a existência e vermos a esmo um vulto que ficou para trás do que éramos, do que somos e de que não somos mais? Tal olhar não é exatamente de tristeza ou vazio, mas um choque dada a força de certas mudanças.</span></i>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<i style="background-color: white;"><span style="color: #274e13;"><br /></span></i></div>
<span class="Apple-style-span" style="color: #274e13; font-family: 'Crimson Text'; font-size: 15px; line-height: 20px;"><i><span class="Apple-style-span" style="background-color: white; font-family: Times, 'Times New Roman', serif; font-style: normal;"><i>===============================================</i></span></i><i><span class="Apple-style-span" style="background-color: white; font-family: Times, 'Times New Roman', serif; font-style: normal;"><i>=========</i></span></i></span></div>
</div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<br />
<a name='more'></a><br />
<div style="text-align: center;">
<b><span style="color: #274e13;">As marcas da distância</span></b></div>
<br />
A vida nos deixa marcas, algo inegável e, muitas vezes, não considerado dentro de nossas próprias perspectivas. E isto não nos é necessariamente ruim, já que evoca reflexões e aqueles silêncios sobre quem somos. Às vezes confuso, doloroso, tempestivo? Sim, óbvio, mas mesmo assim mudança, sensação de que estamos vivos, de que existimos e podemos escolher nossos próprios caminhos.</div>
<div style="text-align: justify;">
E caminhando, vou deixando minhas marcas na vida e, consequentemente, me vejo marcado pela força ou debilidade dos acontecimentos. Afinal, me questiono o poder de tal marcas que são gradualmente impressas em minha existência. Todas as perguntas giram em torno deste elo inquebrável com a dúvida, o receio, a finitude de tudo, uma elipse de mistério que nos impele.</div>
<div style="text-align: justify;">
Mais intrigante em todo este processo é quando nos percebemos marcados de tal forma que não somos capazes de nos reconhecermos em alguns de nossos tons que consideramos próprios de nós mesmos. Aos poucos, na profundidade dos pensamentos, nos vemos distantes de nosso mundo, longe da realdade que consideramos ideal.</div>
<div style="text-align: justify;">
Que marcas foram estas que nos lançaram para longe do nosso próprio ser? O que foi capaz de causar o espantamento de fitarmos a existência e vermos a esmo um vulto que ficou para trás do que éramos, do que somos e de que não somos mais? Tal olhar não é exatamente de tristeza ou vazio, mas um choque dada a força de certas mudanças.</div>
<div style="text-align: justify;">
Estranho este eu que não somos mais. Ficou esquecido, mudo, transtornado num emaranhado de acontecimentos. Nele ficaram empoçados tantas crenças, escolhas e decisões. Muitas delas frangalhos e retalhos que apodreceram mediante novos e melhores caminhos; algumas outras verdadeiras preciosidades que ficaram perdidas no decorrer dos dias bons ou ruins. Somo perdas e ganhos, somos renovação, que nos evoca a convicção de que nunca seremos capazes de retermos tudo de bom ou ruim que a vida nos trará. Daí, somos tão somente um mosaico que se molda, se constroi e descontroi até se anular no fim de todas as coisas. Somos infinitude nos pensamento, e finitude quando este não houver mais.</div>
<div style="text-align: justify;">
E quem sabe o que exatamente mudou? Quem seria capaz de delimitar dentro de si próprio a fronteira ou divisão, o momento em que o ser passou de um estágio ao outro, de uma perspectiva à outra? De fato, ninguém o sabe. O que ocorre é um espanto quando se percebe a mudança derradeira, que acaba por ser capaz de trazer a sensação de distância de um longo caminho de transformações que se seguiram. </div>
<div style="text-align: justify;">
E não seria a mudança rompimento de nós com nós mesmos uma consequência daquilo que sempre fomos e nunca nos permitimos saber? Será que ignoramos algo premente, clamando no âmago de nosso ser em meio às vozes e ruídos que turvaram o conhecimento sobre nossa constituição? Talvez sim, talvez não.</div>
<div style="text-align: justify;">
Toda esta torrente de dúvidas e questionamentos me faz evocar Carlos Gomes e Bittencourt Sampaio. <i>Quem sabe? </i>Assim arguía a canção, que embalava mentes e corações no fim do século XIX. Se com a intenção das dúvidas que ergo, não sei, mas sua composição me lança de forma mais profunda no rio e nas torrentes de meus próprios pensamentos, das marcas da minha distância.</div>
<div style="text-align: justify;">
Por que tão longe? Para onde tal distância? Onde nos levará o pensamento? E como ficam nossos juramentos? Nos traímos ou nos libertamos? Nos esquecemos de quem éramos, do que somos? O que é constante, o que é o nosso pensamento? É nosso, nosso próprio pensamento? Quem sabe?</div>
<br />
<span style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 12px; text-align: left;">Tão longe de mim distante / Onde irá, onde irá teu pensamento</span><br />
<span style="color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 12px; text-align: left;">--</span><span style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 12px; text-align: left;">Tão longe de mim distante / Onde irá, onde irá teu pensamento</span><br />
<span style="color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 12px; text-align: left;">--</span><span style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 12px; text-align: left;">Quisera, saber agora / Quisera, saber agora</span><br />
<span style="color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 12px; text-align: left;">-----</span><span style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 12px; text-align: left;">Se esqueceste, se esqueceste / Se esqueceste o juramento.</span><br />
<span style="color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 12px; text-align: left;">--------</span><span style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 12px; text-align: left;">Quem sabe se és constante / Se ainda é meu teu pensamento</span><br />
<span style="color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 12px; text-align: left;">-------</span><span style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 12px; text-align: left;">Minh’alma toda devora / Dá a saudade dá a saudade agro tormento</span><br />
<span style="color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 12px; text-align: left;">-----</span><span style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 12px; text-align: left;">Tão longe de mim distante / Onde irá onde irá teu pensamento</span><br />
<span style="color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 12px; text-align: left;">--</span><span style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 12px; text-align: left;">Quisera saber agora / Se esqueceste se esqueceste o juramento.</span><br />
<span style="font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 12px; text-align: left;"><br /></span><br />
<div style="text-align: justify;">
Carlos Gomes e Bittencourt Sampaio
</div>
<span style="font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 12px; text-align: left;"><br /></span><br />
<span style="font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 12px; text-align: left;">Escrito por Edward de A. Campanario Neto</span><br />
<span style="font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 12px; text-align: left;"><br /></span><br />
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="color: #274e13;">===============================================</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="color: #274e13;">"A vida nos deixa marcas, cria distâncias. Nos resta arrazoarmos sobre elas"</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="color: #274e13;">=============================================== </span></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>Edward de A. Campanário Netohttp://www.blogger.com/profile/08204164548740164080noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7785973276632358279.post-37222703727659389672012-03-05T01:49:00.001-03:002012-03-05T01:52:08.661-03:00Eu sinto que sei que sou...<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh0Z91y_ca-hiYPxIjvl_c7uvM8GlkmsC-adohXLNNTUYEYoy8iMV4uPM0xlLVi3RSl49JblL6Q12I8Xls5ybWPouBsaBG3tibmUNcrolCE61BZEy1hjtbqv5jkDIAAEfSPSJvO_4qzwlqN/s1600/Eu+e+o+mar.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh0Z91y_ca-hiYPxIjvl_c7uvM8GlkmsC-adohXLNNTUYEYoy8iMV4uPM0xlLVi3RSl49JblL6Q12I8Xls5ybWPouBsaBG3tibmUNcrolCE61BZEy1hjtbqv5jkDIAAEfSPSJvO_4qzwlqN/s400/Eu+e+o+mar.jpg" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
</div>
<div style="background-color: white; color: #474747; font-family: serif; font-size: 15px; line-height: 20px; text-align: center;">
<span class="Apple-style-span" style="color: #274e13; font-family: 'Crimson Text';"><i><span class="Apple-style-span" style="background-color: white; font-family: Times, 'Times New Roman', serif; font-style: normal;"><i>===============================================</i></span></i><i><span class="Apple-style-span" style="background-color: white; font-family: Times, 'Times New Roman', serif; font-style: normal;"><i>=========</i></span></i></span></div>
<div>
<div style="background-color: white; text-align: center;">
<br />
<div style="text-align: justify;">
<i style="background-color: white;"><span style="color: #274e13;">Por não saber o que exatamente sou, sinto que sei que sou... Poeta, valete de copas em carteado, um qualquer que viu o coelho branco e correu junto de Alice. Talvez aquele sonho de início de manhã, manhã de Agosto, vento de Setembro ou aquelas águas de Março encerrando o verão. Março... posso ser um incauto convidado naquela mesa de chá com a Lebre de Março, ou naquela estória sombria da vez de Outubro.</span></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i style="background-color: white;"><span style="color: #274e13;"><br /></span></i></div>
<span class="Apple-style-span" style="color: #274e13; font-family: 'Crimson Text'; font-size: 15px; line-height: 20px;"><i><span class="Apple-style-span" style="background-color: white; font-family: Times, 'Times New Roman', serif; font-style: normal;"><i>===============================================</i></span></i><i><span class="Apple-style-span" style="background-color: white; font-family: Times, 'Times New Roman', serif; font-style: normal;"><i>=========</i></span></i></span></div>
<a name='more'></a><br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<span style="color: #274e13;"><b>Eu sinto que sei que sou...</b></span>
</div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
À medida que discorre o tempo, vamos nos construindo, definindo nossos brios e caminhos. E nada melhor que chegar a certo ponto da vida e olhar para uma jornada que se trilha, com certas rotas já delimitadas e um grande horizonte de possibilidades. De fato, não sabemos o que somos, de onde viemos ou para onde vamos, já que até nosso interior é um mundo de mistérios profundos e complexos, mas temos conosco certo tom que nos evoca à busca e à uma pequena centelha que no impele aos desejos, sonhos, medos...</div>
<div style="text-align: justify;">
Neste momento sinto que sei que sou algo. Emana a liberdade, uma linfa nas vias do pensamento que cria seus próprios infinitos e os vasculha, de forma que não há limites que sejam intransponíveis. Sinto que sei que sou eu mesmo com minhas quimeras e leviatãs, com meus rios em direção ao mar, com meus oceanos que acolhem águas doces que escorrem dos veios da terra.</div>
<div style="text-align: justify;">
Por não saber o que exatamente sou, sinto que sei que sou... Poeta, valete de copas em carteado, um qualquer que viu o coelho branco e correu junto de Alice. Talvez aquele sonho de início de manhã, manhã de Agosto, vento de Setembro ou aquelas águas de Março encerrando o verão. Março... posso ser um incauto convidado naquela mesa de chá com a Lebre de Março, ou naquela estória sombria da vez de Outubro.</div>
<div style="text-align: justify;">
Quem sabe não seria aquele gato Serafim de olhos amarelos, que tanto temor trazia a certos mundos? Posso ser a cabeça que rolou para debaixo da árvore, ou, ainda, mais uma cabeça arrancada pela Rainha Má de Copas. E o sono do campo de papoulas? Poderia nele dançar com sapatos de rubi, ser aquele balde de água fria que trouxe fim à Bruxa do Oeste; seria até mesmo aquela estrada de tijolos amarelos.</div>
<div style="text-align: justify;">
E entre o que seria ou não seria, penso no brilho em meio à escuridão da noite do laboratório de Marie Curie, em segredos do Rei do Fogo e naquele mistério sombrio de um vulto em meio às águas. Mas sei que voaria da Pedra da Bruxa, rasgando os céus para o infinito e além como Buzz Lightyear, tendo em reflexão a grande cadeia do ser.</div>
<div style="text-align: justify;">
Não teria medo de comer a ave do sol, atravessar as brumas de Avalon, tomar da pílula vermelha oferecida por Morpheus ... Tão somente iria pensar e transgredir, fugir à regra num impulso de liberdade. Tudo isto para acalentar e criar este meu mundo que não é só meu, mas também daqueles a quem amo e a quem quero bem. Tudo isto me leva a pensar que sinto que sei que sou um tanto bem maior...</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Escrito por Edward de a. Campanario Neto, nos devaneios da celebração de mais um ano de vida, tomando como referência as leituras e reflexões mais marcantes no ciclo mais recente da existência.</div>
<div style="text-align: justify;">
Para complementar, deixo uma música, que tem um quê deste todo que me compõe:</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/xupjCmlUR08?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>Edward de A. Campanário Netohttp://www.blogger.com/profile/08204164548740164080noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7785973276632358279.post-41861785448276471502012-01-13T09:30:00.000-02:002012-01-13T09:30:04.545-02:00Sobre a vida...<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj7hIMes3v-zD9WIdwPrxKTIxo4x7dItDURZfaHO0NmuA-Kv9Blg-rBg0-Z2tgHOSJJ6IctFc4_OcJP2Mnd54aeyi4xaAOvryo8veJursuzkCy_MPNj420j_p2xvT3yfzTjumeZR2EqN9E/s400/S%25C3%25A9rgio+Guerra+-+Despedida.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="282" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj7hIMes3v-zD9WIdwPrxKTIxo4x7dItDURZfaHO0NmuA-Kv9Blg-rBg0-Z2tgHOSJJ6IctFc4_OcJP2Mnd54aeyi4xaAOvryo8veJursuzkCy_MPNj420j_p2xvT3yfzTjumeZR2EqN9E/s400/S%25C3%25A9rgio+Guerra+-+Despedida.jpg" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<span class="Apple-style-span" style="background-color: white; color: #274e13; font-family: 'Crimson Text'; font-size: 15px; line-height: 20px;"><i><span class="Apple-style-span" style="background-color: white; font-family: Times, 'Times New Roman', serif; font-style: normal;"><i>===============================================</i></span></i><i><span class="Apple-style-span" style="background-color: white; font-family: Times, 'Times New Roman', serif; font-style: normal;"><i>=========</i></span></i></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span class="Apple-style-span" style="background-color: white; color: #274e13; font-family: 'Crimson Text'; font-size: 15px; line-height: 20px;"><i><span class="Apple-style-span" style="background-color: white; font-family: Times, 'Times New Roman', serif; font-style: normal;"><i><br /></i></span></i></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><span class="Apple-style-span" style="color: #274e13;">"A vida é feita de despedidas; enquanto elas não chegam, façamos de cada momento algo eterno, eterno no sentido de que seja genuíno e profundamente intenso enquanto durar... " </span></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<span class="Apple-style-span" style="background-color: white; color: #274e13; font-family: 'Crimson Text'; font-size: 15px; line-height: 20px;"><i><span class="Apple-style-span" style="background-color: white; font-family: Times, 'Times New Roman', serif; font-style: normal;"><i>===============================================</i></span></i><i><span class="Apple-style-span" style="background-color: white; font-family: Times, 'Times New Roman', serif; font-style: normal;"><i>=========</i></span></i></span></div>
<div style="text-align: center;">
</div>
<a name='more'></a><br /><br />
<div style="text-align: center;">
<b><span class="Apple-style-span" style="color: #274e13;">Sobre a vida...</span></b></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Não sei exatamente o que pensar sobre o sentido da vida, a não ser no sentido que se revele sutilmente em algo que se constroi longe de uma essência pré-definida e marcada por verdades superiores e caminhos inatingíveis pela humanidade. </div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Negando um conceito de destino, me arrisco a dizer que o sentido que há para a existência não passa daquilo que se edifica gradualmente em uma jornada de aprendizado com data de início e fim, ainda que não sejamos conhecedores de nosso derradeiro pensamento, suspiro e mover do coração. </div>
<div style="text-align: justify;">
Em meu ser, quando evoco a palavra <i>sentido</i>, me desfaço de termos que negam o poder das escolhas, da vontade e do desejo que emana dos corações, o que de fato representa a marca da existência. Longe de qualquer lógica transcendental, vislumbro o sentido da vida como algo extremamente simples e, por assim ser, mais ainda complexo; tão perto e tão longe de todos nós.</div>
<div style="text-align: justify;">
A vida é bela, vestida de desconhecido; ora feita de luz ou sombras, névoas ou ventos primaveris. A vida é feita de despedidas; enquanto elas não chegam, façamos de cada momento algo eterno, eterno no sentido de que seja genuíno e profundamente intenso enquanto durar... A meu ver, se existe algo que se aproxime de um sentido para tal emaranhado de emoções, histórias e vidas que bailam num grande e indecifrável palco, talvez seria a intensidade de aproveitá-la em sua magnitude: única, diversa e sublime.</div>
<div style="text-align: justify;">
E para tal sentido não precisamos nos perder em brumas de falsas verdades e caminhos impossíveis, inatingíveis. É evidente que viver tem seus percalços, suas dores e lamentos. A própria vida tem um fim em si que, mesmo adiado pela vaidade da mente e produção humanas, sorrateiramente vem a todos e virá. Pessimismo? Creio que não, mas somente um tanto de razão, luz esta em nossa consciência capaz de nos proporcionar escolhas, proporcionar sentido, vários sentidos.</div>
<div style="text-align: justify;">
Insisto que aí está o grande segredo das pessoas verdadeiramente felizes: são livres dos medos e amarras, não negam suas mazelas ou as vestem de ilusão, possuem a percepção de que a vida é vivida somente uma vez para sempre, num sempre que se faz a cada dia. Isto seria meu ideal de sentido, essências que se fazem e refazem nos emaranhados. Para tal basta se viver um dia de cada vez, buscar as coisas simples que não podem ser roubadas ou usurpadas. </div>
<div style="text-align: justify;">
Amor em inteireza, doação, desapego... caminhos para uma vida que se renova e se completa em ciclos longe de uma sina vazia em torno de perfeições, que perdurá na memória de vidas que buscarão seus próprios sentidos. E pensar tudo isto não me faz temer a morte, não me faz negá-la, mas tão somente aceitá-la sem maiores preocupações; me faz amar mais intensamente a vida...</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Escrito por Edward de A. Campanario Neto</div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>Edward de A. Campanário Netohttp://www.blogger.com/profile/08204164548740164080noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7785973276632358279.post-21780655409962013792012-01-04T09:30:00.000-02:002012-01-04T09:30:06.235-02:00As imperfeições de Deus - parte 1<div style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhn0q4GXRzq6LTKDl0ewPBHfivUo6ao37uk6rLU2HFo4el8JHNIZBJnd2kHRwK7iaPjt95qwlMwerIolqF8snBa5Fd8bVZ_5lipMRfndqbhuZXiPUkC5bszVqziIamILzzNPBIhSHS8apkq/s400/Michelangelo-A+cria%C3%A7%C3%A3o+dos+c%C3%A9us@.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="232" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhn0q4GXRzq6LTKDl0ewPBHfivUo6ao37uk6rLU2HFo4el8JHNIZBJnd2kHRwK7iaPjt95qwlMwerIolqF8snBa5Fd8bVZ_5lipMRfndqbhuZXiPUkC5bszVqziIamILzzNPBIhSHS8apkq/s320/Michelangelo-A+cria%C3%A7%C3%A3o+dos+c%C3%A9us@.jpg" width="320" /></a></div>
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<div style="text-align: center;">
<span class="Apple-style-span" style="background-color: white; color: #274e13; font-family: 'Crimson Text'; font-size: 15px; line-height: 20px;"><i><span class="Apple-style-span" style="background-color: white; font-family: Times,'Times New Roman',serif; font-style: normal;"><i>===============================================</i></span></i><i><span class="Apple-style-span" style="background-color: white; font-family: Times,'Times New Roman',serif; font-style: normal;"><i>=========</i></span></i></span></div>
<div style="text-align: center;">
</div>
</div>
<div style="color: #274e13; text-align: justify;">
<i>"Em uma região esquecida do mundo, velhos sábios contavam a respeito de
um homem que vivera em tempos remotos, um homem que havia compreendido a
existência de tal forma que foi capaz de, numa era de supremacia
incontestável da fé, enxergar imperfeições no próprio Deus. (...)</i></div>
<div style="color: #274e13; text-align: justify;">
<i>Hoje, após séculos da vida deste
misterioso homem, (...) Em tal empreitada, imagino poder trazer
aos meus pensamentos algo que me diga um pouco sobre a existência sem me
tornar refém de uma crença cega, pretendo erguer as perguntas sem temer
o teor das respostas...</i><br />
<i>Seria Deus um ser cheio de
imperfeições e limitações, um deus mais humano que divino, em detrimento
do conceito de um Deus irado e Todo-Poderoso que se cala e se exime das
responsabilidades de um mundo onde o sofrimento é regra e a felicidade
exceção? E o sentido da vida? Poderia o sentido de tudo ser somente
seguir a vida sem preocupações com um deus, criar um sentido todo dia para além de um criador?
Indo mais além, e se Deus não existir? Tudo isto é algo que não sei,
que talvez nunca saberei, de forma que somente lanço ao tempo e ao
pensamento as palavras de um velho homem que enxergou as imperfeições de
Deus (...)" </i><br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<span class="Apple-style-span" style="background-color: white; color: #274e13; font-family: 'Crimson Text'; font-size: 15px; line-height: 20px;"><i><span class="Apple-style-span" style="background-color: white; font-family: Times,'Times New Roman',serif; font-style: normal;"><i>===============================================</i></span></i><i><span class="Apple-style-span" style="background-color: white; font-family: Times,'Times New Roman',serif; font-style: normal;"><i>=========</i></span></i></span></div>
<br />
<a name='more'></a></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<div style="color: #274e13; text-align: center;">
<b>As imperfeições de Deus - parte 1</b></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
Em uma região esquecida do mundo, velhos sábios contavam a respeito de um homem que vivera em tempos remotos, um homem que havia compreendido a existência de tal forma que foi capaz de, numa era de supremacia incontestável da fé, enxergar imperfeições no próprio Deus.<br />
Aquele homem, cujo nome perdeu-se de uma vez por todas na história, não era um profeta ou o criador de uma nova fé. Não era rei, sacerdote ou reformista de algum sistema ou ordem social, mas tão somente alguém com a ousadia de permitir-se às mais complexas perguntas e arriscar-se a considerar uma gama de respostas, que levavam a perguntas outras, num ciclo encantador. Suas respostas eram hipóteses, e não certezas, servindo de caminho para uma reflexão constante e profunda.</div>
<div style="text-align: justify;">
Mais que um filósofo ou um crítico, pela simplicidade que via nas coisas, tal homem alcançou um patamar improvável para o seu tempo, mas razoável por toda história que ainda seria vivida para depois ser escrita, perdida ou esquecida no tempo e no espaço. Indo além de observar as arestas que existiam em torno da figura de Deus, de expô-las, ele se preocupava em imaginar de que forma suas respostas, independentemente de seu teor, culminariam em atitudes que trouxessem um sentido para sua vida. De fato, o sentido por ele almejado era somente sorver a vida em intensidade, isto num esforço constante de compartilhar a plenitude da vivência para com seus semelhantes.</div>
<div style="text-align: justify;">
Hoje, após séculos da vida deste misterioso homem, ajo como alguém que nada faz além de repetir as palavras daqueles velhos que viveram ao sopé de uma montanha histórias marcadas pelo suor de seu trabalho e a simplicidade de seus dias. Me arrisco a refletir sobre o que dizia o homem de um povo sem escrita e sem calendário, sem datas especiais, já que todos os dias lhes eram especiais. Em tal impreitada, imagino poder trazer aos meus pensamentos algo que me diga um pouco sobre a existência sem me tornar refém de uma crença cega, pretendo erguer as perguntas sem temer o teor das respostas...</div>
<div style="text-align: justify;">
Seria Deus um ser cheio de imperfeições e limitações, um deus mais humano que divino, em detrimento do conceito de um Deus irado e Todo-Poderoso que se cala e se exime das responsabilidades de um mundo onde o sofrimento é regra e a felicidade exceção? E o sentido da vida? Poderia o sentido de tudo ser somente seguir a vida sem preocupações com um deus, criar um sentido todo dia para além de um criador? Indo mais além, e se Deus não existir? Tudo isto é algo que não sei, que talvez nunca saberei, de forma que somente lanço ao tempo e ao pensamento as palavras de um velho homem que enxergou as imperfeições de Deus:</div>
<br />
<div style="text-align: center;">
Imcompletude e limitações</div>
<div style="text-align: center;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
"Seria impossível a Deus ser todo poderoso. Digo isto por pensar que um ser auto-existente e com todo poder jamais teria necessidade de criar qualquer coisa; se fosse auto-suficiente, não evocaria um universo para controlar e impor regras, não precisaria de nada para amar ou condenar.</div>
<div style="text-align: justify;">
Quando despertou de seu sono divino e percebeu que existia, com todo conhecimento que tinha, já que era a única coisa que existia e todo conhecimento que havia, sendo o tudo e o nada, Deus sentiu-se só. Para que sua existência tivesse sentido, construiu de si mesmo algo que fosse além de sua mente, que nem grande poderia ser considerada, pois não havia sequer tamanho e espaço. Sem ter respostas, já que nem perguntas havia, Deus precisou de uma referência para si: sua própria criação. Criou o espaço e determinou-se grande; fez o tempo e se nomeou eterno; criou a dualidade e assumiu a postura de bondoso.</div>
<div style="text-align: justify;">
Diriam os profetas que tais palavras são blasfêmias, mas se esquecem de olhar para a vida que, me pergunto, não seria uma réplica de todo este processo? Por ter anseios o artífice não molda a escultura e traz para si um sentido? Com um fio que arranca do cabelo, com um pulsar do coração, a humanidade não vislumbra mundos para além de si em seus pensamentos, tornando-os ações? Não temos nós nossos filhos com intuito de preenchermos espaços em nossa existência? Não seria assim também com o divino, respondendo aos seus anseios com manifestações criadoras?"</div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
Vaidade e auto-engano</div>
<div style="text-align: center;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
"Tendo a necessidade de criar algo para si, Deus foi além. Não tendo todo poder, não conseguiu satisfazer-se de sua própria criação de uma única vez, de forma que criou coisas similares e completamente antagônicas. Num certo momento, criou seres espirituais, mas estes nada faziam que atender às vontades que havia determinado: ser louvado e adorado. Mas por que um ser perfeito e auto-suficiente desejaria isto? Isto só seria possível se Deus tivesse consigo a vaidade, a necessidade de reconhecimento mediante um feito que, por escolha dele mesmo, tinha sido a criação das coisas que, em essência, não passavam da satisfação de uma necessidade individual.<br />
Se para Deus teria sido tão fácil trazer tudo à existência, por que considerou tal feito como algo digno de uma adoração extrema? Qualquer sábio chamaria de louco um rei que criou palácios e exigiu de seu povo a dura rotina de viverem suas vidas em função de sua glória. <br />
Sendo assim, considero que Deus, além de vaidoso, vive um auto-engano, já que exige para si a glória de um feito mínimo e sem um sentido além de suas próprias satisfações."</div>
<br />
<div style="text-align: center;">
Ganância e inconsequência</div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
"A criação de seres espirituais não foi garantia de satisfação para Deus, fato evidenciado por certa quantia de tais seres se rebelarem e reivindicarem para si a glória divina, já que também queriam reconhecimento e adoração. No fundo, o próprio Deus sabia que isto ia acontecer, já que tudo o que criara viera de si mesmo e todo conhecimento fora definido em seu âmago, o que revela tamanha inconsequência. Algo criado de forma divinamente perfeita não pode exceder os limites definidos em sua construção. A humanos é compreensível a construção de casas que caem e potes que se racham, mas a deuses não." </div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
Arrogância e irresponsabilidade</div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
"Mesmo vendo sua própria criação aderir a escolhas que ele mesmo definira transgressões, sua arrogância foi tamanha que condenou ao vazio os transgressores e os impôs a face da maldade, seu oposto eternamente condenado. Se houvesse compreensão por parte do divino não seria esperado que Deus consertasse as falhas causadas por sua inconsequência ou erros em sua obra? Mas sua escolha foi outra.</div>
<div style="text-align: justify;">
Na tentativa de alimentar sua vaidade, Deus foi ganancioso ao inserir em sua criação um ser que o adorasse de uma forma mais verdadeira e que lhe trouxesse mais prazer, provando aos seres transgressores que ele poderia ser adorado e respeitado por outrem. Sua decisão inicial seria de amar este ser e receber dele um temor e reverência diferente dos seres espirituais; era a experiência de um novo sentimento: criar os seres humanos.</div>
<div style="text-align: justify;">
Para tal, o divino deu a eles uma coisa chamada consciência, uma capacidade de arrazoar mediante o mundo e as escolhas. Com a consciência humana Deus de fato poderia ser escolhido como referência absoluta, deixando de ser o ícone de admiração vazia de seus seres espirituais e provando a eles que era superior e que merecia definitivamente a admiração. Mas isto traria complicações mais...<br />
Como uma consciência poderia escolher por servir a seu criador de forma excelente, se não houvesse em sua mente outras escolhas? Para resolver tal dilema, Deus cometeu a irresponsabilidade de expor sua amada e nova criatura aos assédios de seus inimigos e ao contato direto com um caminho de trangressão, um fruto proibido. Ao que tudo indica, Deus havia sido tomado pela cegueira de provar que estava certo e que era superior, já que criara um jogo onde suas criaturas eram peças; a aposta, consequências terríveis para as mais frágeis: os humanos."</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
Indefirença e contradição</div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
"Indefirente ao que poderia ser feito para corrigir as trangressões dos primeiros seres inteligentes de sua criação, Deus usou de certa frieza para apresentar aos humanos as escolhas corretas mediante às erradas. Importava somente que lhe obedecessem e nada mais. De forma contraditória, a liberdade que lhes concedia estava pautada em ameaças. Se cometessem trangressões contra seus princípios seriam punidos com castigos que sequer entendiam, já que conheciam somente aquilo que Deus lhes dizia, pois só conheciam a Deus. </div>
<div style="text-align: justify;">
A preocupação de Deus parecia mínima diante dos sofrimentos que os humanos poderiam vir a padecer. Isto tanto faz sentido que, no momento que a humanidade foi assediada pelas más escolhas e cedeu a seus apelos, Deus sequer esteve perto para tentar impedir ou apresentar um contraponto à consciência, implicando numa escolha real. <br />
Além de não estar perto no momento de erro que o próprio Deus tinha designado à humanidade - erro este de haver na essência da consciência como possibilidade da má escolha - ele se apresentou tardiamente fingindo não saber do que acontecia."</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
Continua...</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Escrito por Edward de A. Campanario Neto </div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
Edward de A. Campanário Netohttp://www.blogger.com/profile/08204164548740164080noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7785973276632358279.post-18357802093383553192012-01-02T09:00:00.000-02:002012-01-02T20:34:21.598-02:00A guerra dos valetes no castelo de cartas<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEibMevJx4mFshI0XCnWbzHszYSGDU7eVwfUwR3XTxqbO7y0S5iByOzk60IK379u-34ZVkZxgAgNd7EW4oYLDCLWRTFZJTM37-q3kx09AB38fzcAoCV9YX3fkzNZ_ZrQsi-MLe1laHQbVGU/s400/copas_valete.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEibMevJx4mFshI0XCnWbzHszYSGDU7eVwfUwR3XTxqbO7y0S5iByOzk60IK379u-34ZVkZxgAgNd7EW4oYLDCLWRTFZJTM37-q3kx09AB38fzcAoCV9YX3fkzNZ_ZrQsi-MLe1laHQbVGU/s400/copas_valete.jpg" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
</div>
<div style="text-align: center;">
<span class="Apple-style-span" style="background-color: white; color: #274e13; font-family: 'Crimson Text'; font-size: 15px; line-height: 20px;"><i><span class="Apple-style-span" style="background-color: white; font-family: Times,'Times New Roman',serif; font-style: normal;"><i>===============================================</i></span></i><i><span class="Apple-style-span" style="background-color: white; font-family: Times,'Times New Roman',serif; font-style: normal;"><i>=========</i></span></i></span></div>
<br />
<div style="color: #274e13; text-align: justify;">
<i>"Em silêncio eu tudo observava. Devagar me ergui, tendo à minha volta o olhar sorrateiro da realidade. Os valetes também me observavam, com suas espadas embebidas no sangue dos reis que antes eram o governo de minha vida. No fundo, eu sabia que os valetes eram eu mesmo; a realidade, o amor que tinha abraçado naquela guerra que havia declarado. "</i></div>
<br />
<div style="text-align: center;">
<span class="Apple-style-span" style="background-color: white; color: #274e13; font-family: 'Crimson Text'; font-size: 15px; line-height: 20px;"><i><span class="Apple-style-span" style="background-color: white; font-family: Times,'Times New Roman',serif; font-style: normal;"><i>===============================================</i></span></i><i><span class="Apple-style-span" style="background-color: white; font-family: Times,'Times New Roman',serif; font-style: normal;"><i>=========</i></span></i></span></div>
<div style="text-align: center;">
</div>
<a name='more'></a><br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<b style="color: #274e13;">A guerra dos valetes no castelo de cartas</b></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Sinto aqui dentro do meu peito um aperto; voz embargada, coração vacilando e respiração ofegante. Num misto estranho circulam em meus humores líquidos de prazer e amargor, bailam de forma sinistra buscando espaço nos novos rumos e escolhas que constroem a vida. </div>
<div style="text-align: justify;">
Reina a dúvida neste meu castelo de cartas onde valetes de copas digladiam com azes de espadas uma guerra desencadeada pelo sabor dos fatos e força das ideias. Foram os reis derrubados, seus tronos lançados ao fogo e os palácios varridos da história. As damas refugiaram-se, partindo num exílio cinzento em terras cujos nomes não se sabe sequer pronunciar.<br />
Ao vento voam cartas, naipes e insígnias. Esvaneceu-se no ar a cortina de ilusão que a tudo tornava tão aceitável pela cegueira de respostas vazias; no baile dos sonhos a realidade escancarou as portas e incendiou os convidados que dançavam e conversavam sob as máscaras eternas de mentiras e mundos de suposta perfeição.</div>
<div style="text-align: justify;">
Em silêncio eu tudo observava. Devagar me ergui, tendo à minha volta o olhar sorrateiro da realidade. Os valetes também me observavam, com suas espadas embebidas no sangue dos reis que antes eram o governo de minha vida. No fundo, eu sabia que os valetes eram eu mesmo; a realidade, o amor que tinha abraçado naquela guerra que havia declarado. </div>
<div style="text-align: justify;">
As cinzas, as chamas, o sangue e as perdas... consequências das intensas batalhas dentro do ser, nada mais que conflitos das mudanças que se agigantaram e tornaram-se uma grande guerra, com data de início, assim como qualquer outra deflagação bélica, sem ter um fim definido, ainda que desejado.</div>
<div style="text-align: justify;">
E como toda guerra, tal guerra criou-se nas batalhas, seguirá de batalhas e, se encerrando, se fará por meio de decisivas e importantes batalhas. Serão os valetes da realidade contra os azes que cercam o início e fim do baralho, as cartas e naipes com o desejo de serem ou apresentarem o início e fim de todas as coisas, uma plenitude que não passa de recalques baseados em falsas certezas e palavras absolutas.</div>
<div style="text-align: justify;">
Os valetes clamam pela mudança, que trouxe dor, que causou guerra, que resultou em liberdade; mas em cantos e recantos dos castelos de cartas espreitam sorrateiros os conspiradores, os defensores do antigo regime, os monarquistas que clamam por rei, um norte, um princípio absoluto para reinar inquestionável.</div>
<div style="text-align: justify;">
Mas sou feito de valetes, aquelas cartas que me dizem de razão sem perder as emoções que compõem a vida. Elas se posocionam nos filões do paço antes ocupado pelo rei para defenderem não um sentido pronto, mas aquilo inacabado, imperfeito e belo que tem um tom todo permeado de mistério e estranheza.</div>
<div style="text-align: justify;">
A batalha segue, o sangue é derramado nas tapeçarias, cabeças rolam sob o peso dos machados de toda razão, emoção e certezas. Grito exasperado para minhas tropas, enquanto vejo os azes avançarem na busca desesperada de sua supremacia no jogo. <br />
De fato, não tenho medo que me dominem, que me subjuguem, pois isto tenho certeza que jamais serão capazes. Poderão ferir e fazer verter a dor do profundo da alma. Poderão até erguer a poeira dos escombros da ilusão, mas não conseguirão arrancar das mãos de meu valetes as copas, as taças do néctar da liberdade que uma vez experimentei para meu todo sempre.<br />
Enquanto discorre a batalha, a guerra, olho para o fundo do antigo salão real e, num trono decadente e em pedaços, ri de todos nós o coringa, aquela carta que substitui todas as outras, que domina a tudo e a todos, que, no fim, prevalecerá sobre todo o baralho.<br />
Não restarão reis, damas, azes, valetes, naipes ou sentidos diante do coringa. Ele dá suas risadas sombrias, revelando-se, pelo tarô, a carta da morte com aquela foice afiada e sorriso gélildo. Eu fito em seus olhos, faço uma reverência e, me agarrando à vida, continuo minha batalha, minha guerra, pois sei que somente poderá me tocar o coringa, o ceifador, quando o tempo assim o permitir. </div>
<div style="text-align: justify;">
E assim segue a guerra dos valetes no castelos de cartas...</div>
<br />
Escrito por Edward de A. Campanário NetoEdward de A. Campanário Netohttp://www.blogger.com/profile/08204164548740164080noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7785973276632358279.post-20527242889237799822011-12-31T11:55:00.002-02:002012-01-02T20:50:25.383-02:00O tom do mistério...<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjueJNDTf-rbRjcTHWsehDZUE7ZJGU-HeHmblpBvnwiwkEJ_dM0WW7tL5ZqleM8b2ZmtGoWsSde7wcpbjx8cmbBb7DQaDM6GA7fImP00kmPUkouop2X7Cv4mGWg0j9CbQgv8WhQO4Dhjiys/s400/Mist%C3%A9rio+ao+Vento,+Reynaldo+Fonseca,+1971.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="274" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjueJNDTf-rbRjcTHWsehDZUE7ZJGU-HeHmblpBvnwiwkEJ_dM0WW7tL5ZqleM8b2ZmtGoWsSde7wcpbjx8cmbBb7DQaDM6GA7fImP00kmPUkouop2X7Cv4mGWg0j9CbQgv8WhQO4Dhjiys/s320/Mist%C3%A9rio+ao+Vento,+Reynaldo+Fonseca,+1971.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
</div>
<div style="text-align: center;">
<span class="Apple-style-span" style="background-color: white; color: #274e13; font-family: 'Crimson Text'; font-size: 15px; line-height: 20px;"><i><span class="Apple-style-span" style="background-color: white; font-family: Times,'Times New Roman',serif; font-style: normal;"><i>===============================================</i></span></i><i><span class="Apple-style-span" style="background-color: white; font-family: Times,'Times New Roman',serif; font-style: normal;"><i>=========</i></span></i></span></div>
<div style="color: #274e13; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="color: #274e13; text-align: justify;">
<i>"Não quero me desvencilhar deste tom de mistério que torna a existência
tão interessante. Não deixarei de ser livre por imaginar uma resposta
que me traga proibições, restrições e incessantes buscas por uma suposta
perfeição. Quero viver e só... Para que grandes pretensões que se
encerram em nada, preocupações por saber de qual a resposta que define
todo conhecimento do universo? Pior ainda, por que escolher uma resposta
e tentar convencer a todos de que ela é a melhor? Enquanto buscamos nos
submeter a sentidos por demais etéreos, esquecemos da vida, esquecemos
da felicidade, dada a preocupação com regras e princípios vazios." </i></div>
<div style="color: #274e13; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<span class="Apple-style-span" style="background-color: white; color: #274e13; font-family: 'Crimson Text'; font-size: 15px; line-height: 20px;"><i><span class="Apple-style-span" style="background-color: white; font-family: Times,'Times New Roman',serif; font-style: normal;"><i>===============================================</i></span></i><i><span class="Apple-style-span" style="background-color: white; font-family: Times,'Times New Roman',serif; font-style: normal;"><i>=========</i></span></i></span></div>
<div style="color: #274e13; text-align: center;">
<i> </i><b><span class="Apple-style-span" style="color: #274e13;"> </span></b><br />
<a name='more'></a></div>
<div style="color: #274e13; text-align: center;">
<b><span class="Apple-style-span" style="color: #274e13;">O tom do mistério...</span></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A vida é mesmo permeada de mistérios. Não pedimos para existir e aqui estamos; não sabemos de onde viemos, para onde vamos ou qual seria, de fato, o sentido de tudo ou nada. Haveria um sentido? Destino, Deus, deuses, uma força que a tudo compõe... as hipóteses são muitas para os infinitos questionamentos humanos, esta ingênua e um tanto cruel espécie que se veste de uma falsa superioridade, absoluta.</div>
<div style="text-align: justify;">
Olhando para tal quimera que nos consome desque somos inseridos na existência, fitando este mar onde navegamos a esmo, mar este de rosas, espinhos, tempestades e calmarias, imagino a complexidade e, por ser assim, a simplicidade que nos envolve. Tudo tão complexo e tão simples. Mergulhamos nas águas das dúvidas, nos afogamos mesmo é nas respostas que arriscamos a crer e vivenciar. Desta forma, nos entregamos a verdades a quem elegemos superiores, nos sujeitamos a elas e, na maioria das vezes, para nosso próprio desgosto na vida, limitamos a existência com respostas vazias que a tudo sufocam e esmagam. Seria mesmo necessário tal caminho?</div>
<div style="text-align: justify;">
Por que tanta preocupação por saber de tudo? Todo conhecimento do universo, o passado, o futuro; coisas que não nos pertencem, muito barulho por nada, já que, ao fim de tudo ou nada, tudo poderia ser um sonho, uma ilusão ou algo completamente difuso do que a limitada mente humana conseguiu alcançar em suas divagações.</div>
<div style="text-align: justify;">
Divagações, eu as amo, mas jamais permitirei outra vez que sejam fundamentos inquestionáveis e sagrados. Não, preferirei tê-las como pensamentos curiosos que me tragam beleza para o que de fato tenho, a vida, a existência. Farei delas um meio de pensar em maneiras outras de amar meus semelhantes e fazer com que sintam-se bem, que construam seus sentidos em reflexões que prezem pela doação, pelo zelo, pelo amor.</div>
<div style="text-align: justify;">
De onde vim, para onde vou, quem me criou; se fui criado por algo ou alguma coisa, se existe um caminho ideal a seguir... Eu não sei. Por não saber, sinto certo alívio: vou vivendo, errando, acertando; sem ter medo do desconhecido. Não preciso saber de onde vim ou para onde vou. O mistério me basta. Não preciso saber, pois mesmo que precisasse ou quisesse, me seria impossível, já que as perguntas são muitas, as respostas, todas confusas e sem sentido. </div>
<div style="text-align: justify;">
Não quero me desvencilhar deste tom de mistério que torna a existência tão interessante. Não deixarei de ser livre por imaginar uma resposta que me traga proibições, restrições e incessantes buscas por uma suposta perfeição. Quero viver e só... Para que grandes pretensões que se encerram em nada, preocupações por saber de qual a resposta que define todo conhecimento do universo? Pior ainda, por que escolher uma resposta e tentar convencer a todos de que ela é a melhor? Enquanto buscamos nos submeter a sentidos por demais etéreos, esquecemos da vida, esquecemos da felicidade, dada a preocupação com regras e princípios vazios. </div>
<div style="text-align: justify;">
Prefiro nomear o desconhecido como desconhecido e nada mais. Me permito saber que não há como desvendar este tom de mistério em que a vida se faz. Nem por isto ela deixa de ser sublime; a sorvemos com todas as forças construindo um sentido, nosso sentido em meio ao tudo, ao nada... Entre o tudo e o nada, escolho o possível, o real e tudo mais que me proporciona a felicidade.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Escrito por Edward de A. Campanário, no fim de mais um ano que se esvai no tempo e no espaço.</div>Edward de A. Campanário Netohttp://www.blogger.com/profile/08204164548740164080noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7785973276632358279.post-17110442036970558072011-12-06T09:00:00.000-02:002011-12-06T09:00:11.993-02:00Rivotril<div style="text-align: center;">
<span class="Apple-style-span" style="background-color: white; color: #274e13; font-family: 'Crimson Text'; font-size: 15px; line-height: 20px;"><i><span class="Apple-style-span" style="background-color: white; font-family: Times, 'Times New Roman', serif; font-style: normal;"><i><br /></i></span></i></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg-Y8SkS_i9-4TOQTQ4za34t6aH-3kQjG3XoPqDYL7RI4xP4rTKaKNu1LHiPW1uSMD9ZCVNZBRHZB3BnKfHtO8JhHjiVHrlOBRmgssULw37Pyh2FQT0fqcroRSIagKq3e7Ri4xhdGm8ullM/s320/benzodiazepinicos.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg-Y8SkS_i9-4TOQTQ4za34t6aH-3kQjG3XoPqDYL7RI4xP4rTKaKNu1LHiPW1uSMD9ZCVNZBRHZB3BnKfHtO8JhHjiVHrlOBRmgssULw37Pyh2FQT0fqcroRSIagKq3e7Ri4xhdGm8ullM/s320/benzodiazepinicos.jpg" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<span class="Apple-style-span" style="background-color: white; color: #274e13; font-family: 'Crimson Text'; font-size: 15px; line-height: 20px;"><i><span class="Apple-style-span" style="background-color: white; font-family: Times, 'Times New Roman', serif; font-style: normal;"><i><br /></i></span></i></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span class="Apple-style-span" style="background-color: white; color: #274e13; font-family: 'Crimson Text'; font-size: 15px; line-height: 20px;"><i><span class="Apple-style-span" style="background-color: white; font-family: Times, 'Times New Roman', serif; font-style: normal;"><i>===============================================</i></span></i><i><span class="Apple-style-span" style="background-color: white; font-family: Times, 'Times New Roman', serif; font-style: normal;"><i>=========</i></span></i></span></div>
<br /><div style="text-align: justify;">
<i><span class="Apple-style-span" style="color: #274e13;">"De fato, o inconveniente das vendas cada vez mais expressivas de Rivotril relaciona-se com a lamentável sina consensual de que não podemos jamais sofrer, de que a vida é um grande parque de diversão onde há somente alegria, já que qualquer indício de insatisfação incide no passo de se buscar uma via que conduza diretamente ao prazer individual mediante os fatos, deixando em um plano secundário perspectivas pautadas na reflexão e superação advindas do próprio âmago do ser."</span></i></div>
<div>
<br /><div>
<div>
<div style="text-align: center;">
<span class="Apple-style-span" style="background-color: white; color: #274e13; font-family: 'Crimson Text'; font-size: 15px; line-height: 20px;"><i><span class="Apple-style-span" style="background-color: white; font-family: Times, 'Times New Roman', serif; font-style: normal;"><i>===============================================</i></span></i><i><span class="Apple-style-span" style="background-color: white; font-family: Times, 'Times New Roman', serif; font-style: normal;"><i>=========</i></span></i></span></div>
<div>
<a name='more'></a></div>
<div style="text-align: center;">
<b><span class="Apple-style-span" style="color: #274e13;">Rivotril</span></b></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Em termos técnicos, para além da marca de laboratório, clonazepam, componente químico utilizado para tratamento de fobia social, síndrome do pânico e ansiedade generalizada. Este é o conhecido Rivotril, medicamento de utilização controlada que ocupa cada vez mais espaço no cotidiano de pessoas comuns, tornando-se uma válvula de escape para a agitação e ansiedade que marcam nosso tempo. </div>
<div style="text-align: justify;">
Lamentavelmente, é cada vez mais abusiva e descontrolada a utilização de medicamentos anti-depressivos, calmantes e relaxantes, o que ergue, além de uma questão de saúde pública, também uma problemática de ordem existencial, que clama para o delicado tema do modo como a sociedade reage diante de crises, perda de familiares por doenças como câncer, problemas em relacionamentos, trabalho (por seu excesso ou falta)... </div>
<div style="text-align: justify;">
De forma assustadora, o ato de se recorrer aos medicamentos que driblam o sistema nervoso foge ao controle. Irresponsavelmente, amigos e familiares indicam uns aos outros o socorro nas pílulas para tratamento de questões, na maioria das vezes, banais. Até porque, no modelo econômico e social vigente, quaisquer sinais de conflitos interiores são vistos como grandes mazelas, de forma que aborrecimentos cotidianos, momentos de catarse emocional e falta de sono por algumas noites são violentamente derribados pelo efeito de drogas calmantes, elevando ao máximo a sensação de paz e tranquilidade. </div>
<div style="text-align: justify;">
Responsabilizo por tal quadro, categoricamente, além dos usuários que decaem na ilusão do combate de momentos difíceis através de um escapismo medicamentoso, os médicos que transgridem sua ética profissional e receitam tais drogas sem real necessidade e de forma leviana, como se fossem analgésicos. </div>
<div style="text-align: justify;">
De fato, o inconveniente das vendas cada vez mais expressivas de Rivotril relaciona-se com a lamentável sina consensual de que não podemos jamais sofrer, de que a vida é um grande parque de diversão onde há somente alegria, já que qualquer indício de insatisfação incide no passo de se buscar uma via que conduza diretamente ao prazer individual mediante os fatos, deixando em um plano secundário perspectivas pautadas na reflexão e superação advindas do próprio âmago do ser. </div>
<div style="text-align: justify;">
Não importa o problema, não importa que seja banal, por ora ele recai na solução das pílulas. Basta uma discussão no trabalho, um dia de trânsito, um desentendimento com o marido ou esposa, uma prova, uma inquietação repentina... Aturdidos, nos levantamos de nossas vidas vazias, vamos à cozinha e, com uma faca, partimos o comprimido em duas ou quatro partes. Abrimos a torneira, enchemos um copo com água e o ingerimos segundo nossa própria prescrição – ou loucura – , com o intuito de que seu impacto derrube nosso corpo e cale nossa alma desassossegada. </div>
<div style="text-align: justify;">
Maldita sociedade que não se permite superar seus próprios conflitos; irresponsáveis profissionais de saúde que não medem as consequências sobre seus pacientes; mesquinha indústria farmacêutica que aproveita do rentoso negócio da escravização da existência... </div>
<div style="text-align: justify;">
Entre tantos culpados e coniventes com a vergonhosa popularização do uso indevido de medicamentos controlados , miseráveis são aqueles que hoje se tornaram vítimas da dependência, já que não conseguem se libertar das garras cada vez mais profundas da necessidade das sensações químicas desencadeadas em seus corpos e mentes. </div>
<div style="text-align: justify;">
Miseráveis por terem dado um primeiro passo rumo ao traiçoeiro mundo da sujeição aos medicamentos; pobres por terem cedido aos anseios do mundo perfeito que todos lá fora esperam, mundo onde chorar é para os fracos e vivenciar crises é para os idiotas.</div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Escrito por Edward de A. Campanário Neto</div>
</div>
</div>Edward de A. Campanário Netohttp://www.blogger.com/profile/08204164548740164080noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7785973276632358279.post-51944159203544274912011-12-02T09:00:00.000-02:002011-12-02T09:00:05.466-02:00Um pouco de paixão<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://daoterapias.com.br/wp-content/uploads/2009/11/CAMINHO.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://daoterapias.com.br/wp-content/uploads/2009/11/CAMINHO.jpg" /></a></div>
<br /><br /><div style="text-align: center;">
<span class="Apple-style-span" style="background-color: white; color: #274e13; font-family: 'Crimson Text'; font-size: 15px; line-height: 20px;"><i><span class="Apple-style-span" style="background-color: white; font-family: Times, 'Times New Roman', serif; font-style: normal;"><i>===============================================</i></span></i><i><span class="Apple-style-span" style="background-color: white; font-family: Times, 'Times New Roman', serif; font-style: normal;"><i>=========</i></span></i></span></div>
<div>
<span class="Apple-style-span" style="color: #274e13; font-family: Times, 'Times New Roman', serif;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: 15px; line-height: 20px;"><i><br /></i></span></span><div style="text-align: justify;">
<i><span class="Apple-style-span" style="color: #274e13;">"Digo que me contento, ao menos a princípio, com meu instinto de que meus pés estão firmados no chão, mas que meus pensamentos são de todo livres, sendo que tal liberdade de nada me vale se não fizer dela algo que me dê um porquê para o tudo ou nada. O porquê que aqui evidencio não são respostas definitivas, certezas inabaláveis ou convicções extremas, mas a perene e sutil dúvida, marcada pela necessidade de um pouco de paixão para que, mesmo perdido como ínfimo ser em meio à infinitude do universo, eu encontre meu lugar, meu sentido..."</span></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div>
<div style="text-align: center;">
<span class="Apple-style-span" style="background-color: white; color: #274e13; font-family: 'Crimson Text'; font-size: 15px; line-height: 20px;"><i><span class="Apple-style-span" style="background-color: white; font-family: Times, 'Times New Roman', serif; font-style: normal;"><i>===============================================</i></span></i><i><span class="Apple-style-span" style="background-color: white; font-family: Times, 'Times New Roman', serif; font-style: normal;"><i>=========</i></span></i></span></div>
<div style="text-align: center;">
<a name='more'></a></div>
<div style="text-align: center;">
<b><span class="Apple-style-span" style="color: #274e13;">Um pouco de paixão</span></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Em meio às tantas solicitudes e necessidades humanas, creio que a primordial encontra-se no próprio ser, disponível para ser gozada em toda sua plenitude como guia para os rumos a serem tomados a cada bifurcação, retorno ou trilha na grande jornada da existência. </div>
<div style="text-align: justify;">
Algo extremamente simples e, para tanto, demasiadamente complexo – já que a simplicidade mostra-se cada vez mais distante da realidade – é a grande sacada de nos lançarmos às paixões a cada momento, escolha ou decisão. Trata-se, de fato, de uma atitude onde, no mais profundo do ser, o indivíduo permite a si próprio a ousadia de se postar com intensidade diante daquilo que o cerca. </div>
<div style="text-align: justify;">
Sem sombra de dúvidas, é preciso de um pouco de paixão para darmos sentido à vida. Digo paixão não unicamente no sentido do afeto e amor, mas uma perspectiva que vai além da cumplicidade a dois, capaz de alcançar os meandros dos pensamentos, dos sonhos e até mesmo daquilo que nos parece tão banal. </div>
<div style="text-align: justify;">
Costumo dizer que não há felicidade sem entrega genuína, sem uma disposição capaz de nos mover mediante a transformação tão inconstante do mundo que se esvai sob nosso olhar, quer queiramos ou não. Insisto, portanto, que, para não sermos consumidos por nossas próprias fragilidades, receios e limitações, devemos abrir grandes asas e alçar um voo ousado na busca de um sentido para tudo que há. </div>
<div style="text-align: justify;">
Tal voo poderá dar-se de muitas formas, sob as mais diferentes rotas e conceitos. Aos ventos de seus sabores, o ser terá diante de si a oportunidade de refletir sobre quem é, o que é e, mais ainda, aquilo que se pretende ser... </div>
<div style="text-align: justify;">
Um pouco de paixão... amor por uma causa política ou social, exercício sincero em uma fé edificante, apego a filosofias que induzem à reflexão, gosto por simplesmente ouvir alguém pronto a desabafar alguma crise, disponibilidade para estender a mão aos mais necessitados... </div>
<div style="text-align: justify;">
Tenho comigo que, destoantes de algo capaz de descolar nossa existência de nossos próprios interesses, somos indignos de todo mistério em tom de beleza que compõe cada fragmento do mosaico indecifrável da vida. </div>
<div style="text-align: justify;">
Em meio aos grandes debates entre monistas e dualistas, independentemente das crenças no sagrado, no conflito entre espírito e matéria ou na grande celeuma do fator Deus, eu prefiro não tecer uma resposta absoluta. Digo que me contento, ao menos a princípio, com meu instinto de que meus pés estão firmados no chão, mas que meus pensamentos são de todo livres, sendo que tal liberdade de nada me vale se não fizer dela algo que me dê um porquê para o tudo ou nada. O porquê que aqui evidencio não são respostas definitivas, certezas inabaláveis ou convicções extremas, mas a perene e sutil dúvida, marcada pela necessidade de um pouco de paixão para que, mesmo perdido como ínfimo ser em meio à infinitude do universo, eu encontre meu lugar, meu sentido...</div>
</div>
</div>Edward de A. Campanário Netohttp://www.blogger.com/profile/08204164548740164080noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7785973276632358279.post-43283818127020810742011-11-29T09:00:00.000-02:002011-11-29T09:00:07.520-02:00Falta-me uma moldura<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhkZdjRnnnYXHS-YJQk3OFNyPEtr-OiVU6uwuh7B9AdSM_9BkGoB3XPJy5uOnuydIG3r-BM1FSEjaqbpHELxZTzJ-TMDXIfrtvU9XjO9gFh2PWJTK_NoTbJlHwiCoMbhHrG0Je84hy13usX/s1600/IMG10118.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhkZdjRnnnYXHS-YJQk3OFNyPEtr-OiVU6uwuh7B9AdSM_9BkGoB3XPJy5uOnuydIG3r-BM1FSEjaqbpHELxZTzJ-TMDXIfrtvU9XjO9gFh2PWJTK_NoTbJlHwiCoMbhHrG0Je84hy13usX/s320/IMG10118.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<div style="background-color: white; color: #474747; font-family: 'Crimson Text'; font-size: 15px; line-height: 20px; text-align: center;">
<span class="Apple-style-span" style="color: #274e13;"><i><span class="Apple-style-span" style="background-color: white; font-family: Times, 'Times New Roman', serif; font-style: normal;"><i><br /></i></span></i></span></div>
<div style="background-color: white; color: #474747; font-family: 'Crimson Text'; font-size: 15px; line-height: 20px; text-align: center;">
<span class="Apple-style-span" style="color: #274e13;"><i><span class="Apple-style-span" style="background-color: white; font-family: Times, 'Times New Roman', serif; font-style: normal;"><i>===============================================</i></span></i><i><span class="Apple-style-span" style="background-color: white; font-family: Times, 'Times New Roman', serif; font-style: normal;"><i>=========</i></span></i></span></div>
<div>
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="color: #274e13;"><i>"E deslumbrado com o renovo daquelas orquídeas que pareciam vivas entre a tinta e o tecido, percebi que faltava uma moldura para coroar a majestade dos tons amarelos e pétalas roxas. Faltava cirandar a pintura com a majestade que lhe era digna, que fosse capaz de abraçar com carinho aquelas flores que faziam reluzir a existência."</i></span></div>
<div>
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<i style="background-color: white; color: #274e13; font-family: 'Crimson Text'; font-size: 15px; line-height: 20px;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif; font-style: normal;"><i>===============================================</i></span></i><i style="background-color: white; color: #274e13; font-family: 'Crimson Text'; font-size: 15px; line-height: 20px;"><span class="Apple-style-span" style="background-color: white; font-family: Times, 'Times New Roman', serif; font-style: normal;"><i>=========<a name='more'></a></i></span></i></div>
<div style="text-align: center;">
<i style="background-color: white; color: #274e13; font-family: 'Crimson Text'; font-size: 15px; line-height: 20px;"><span class="Apple-style-span" style="background-color: white; font-family: Times, 'Times New Roman', serif; font-style: normal;"><i><br /></i></span></i></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="background-color: white;"><span class="Apple-style-span" style="background-color: white; font-size: 15px; line-height: 20px;"><span class="Apple-style-span" style="color: #274e13; font-family: Times, 'Times New Roman', serif;"><b>Falta-me uma moldura </b></span></span></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="background-color: white;"><span class="Apple-style-span" style="background-color: white; font-size: 15px; line-height: 20px;"><span class="Apple-style-span" style="color: #274e13; font-family: Times, 'Times New Roman', serif;"><i><br /></i></span></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
Um tanto cansado de percorrer as galerias da vida, vendo as mesmas pinturas, fui acometido pelo novo que irrompeu como uma mostra de beleza, despontando das amálgamas amorfas que mofavam nas paredes. Aquele lodo, aqueles fungos esverdeados, nascidos do tempo em fusão com a umidade de mazelas e conflitos, viram-se imersos na beleza que adentrara no salão, preenchendo de cor e graciosidade o recinto.</div>
<div style="text-align: justify;">
Era uma tela vívida, em tons suaves e belos. Surgira de mãos que esforçosamente se deram ao empenho de colorir o mundo e preencher a vida. Eram orquídeas, poesia que transformara-se em imagem, acariciando os olhos com um encantamento puro que tão somente reluzia esperança.</div>
<div style="text-align: justify;">
E deslumbrado com o renovo daquelas orquídeas que pareciam vivas entre a tinta e o tecido, percebi que faltava uma moldura para coroar a majestade dos tons amarelos e pétalas roxas. Faltava cirandar a pintura com a majestade que lhe era digna, que fosse capaz de abraçar com carinho aquelas flores que faziam reluzir a existência.</div>
<div style="text-align: justify;">
Absorto entre as moldura que escolheria, mergulhei fundo no sentido que permeava a grandeza do momento. Por mais que houvesse harmonia entre as orquídeas e o contorno que me arriscava a acrescentar em algo já tão sublime, jamais seria capaz de conter os limites eternos por elas tocados, a vastidão percorrida pelos sentimentos e boas sensações, inabaláveis, poéticos e verdadeiros baluartes do sentido que há em viver.</div>
<div style="text-align: justify;">
Ainda que me falte uma moldura, sobram os motivos para olhar a vida com bons olhos. De fato, transbordam as razões para fitar o caos de minha parede e me ater a dias melhores.</div>
<div style="text-align: justify;">
Tudo isto surgiu de um gesto de generosidade, uma atitude de amizade, carinho e zelo. Atitude tal quero carregar em minha memória, de forma que eu seja capaz de fazer os mesmo pelos que estão à minha volta. Quero seguir o exemplo e proporcionar telas de sonhos, orquídeas de beleza e rosas rubras; quero dar aos corações o trabalho de imaginar para si molduras...</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Escrito por Edward de A. Campanário, em agradecimento à bela pintura que ganhei de Gisele dos Anjos.</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>Edward de A. Campanário Netohttp://www.blogger.com/profile/08204164548740164080noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7785973276632358279.post-18265560548967185382011-11-24T13:20:00.001-02:002011-11-24T14:25:46.829-02:00Rompendo o silêncio<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://renanmatavelli.files.wordpress.com/2010/05/grito-do-silencio.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://renanmatavelli.files.wordpress.com/2010/05/grito-do-silencio.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<i><br /></i></div>
<div style="text-align: center;">
<span class="Apple-style-span" style="color: #274e13;"><i><span class="Apple-style-span" style="background-color: white; font-family: Times, 'Times New Roman', serif; font-size: 15px; font-style: normal; line-height: 20px;"><i>===============================================</i></span></i><i><span class="Apple-style-span" style="background-color: white; font-family: Times, 'Times New Roman', serif; font-size: 15px; font-style: normal; line-height: 20px;"><i>=========</i></span></i></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span class="Apple-style-span" style="color: #274e13;"><i><span class="Apple-style-span" style="background-color: white; font-family: Times, 'Times New Roman', serif; font-size: 15px; font-style: normal; line-height: 20px;"><i><br /></i></span></i></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><span class="Apple-style-span" style="color: #274e13;">"Considero a dimensão do silêncio uma esfera existencial de múltiplas faces, um caminho longo, deserto e dúbio quanto aos seus próprios sentidos e consequências. Sua configuração toma proporções completamente opostas de acordo com a disposição que se observa no momento em que se adentra às suas portas. Quase sempre, a rota de saída revela-se no momento em que se viu a inserção em seus jogos e mistérios."</span></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><span class="Apple-style-span" style="color: #274e13;"><br /></span></i></div>
<div style="text-align: center;">
<span class="Apple-style-span" style="color: #274e13;"><i><span class="Apple-style-span" style="background-color: white; font-family: Times, 'Times New Roman', serif; font-size: 15px; font-style: normal; line-height: 20px;"><i>===============================================</i></span></i><i><span class="Apple-style-span" style="background-color: white; font-family: Times, 'Times New Roman', serif; font-size: 15px; font-style: normal; line-height: 20px;"><i>=========</i></span></i></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<a name='more'></a></div>
<div style="text-align: center;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;"><b><u>Rompendo o silêncio</u></b></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;">Às vezes o coração demanda um silêncio para não se perder de seus rumos e reflexões, o que não significa ausência de ruído, já que todo um mundo de caos se agita à nossa volta, tentando pouco a pouco nos castrar o sentido e razão. De fato, quer queiramos ou não, estamos inseridos numa guerra diária contra o sistema, a frieza, o automatismo, a distância... a derrota significa ser tragado para o interior da amálgama cinzenta que, gradualmente, ilude a humanidade e a conduz ao caminho da destruição e colapso.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;">Para não sucumbir às vozes dos desafios que constantemente avançaram sobre minha existência, busquei um tanto da reclusão do silêncio, de forma que eu não perdesse a centelha da reflexão. Diria que não contemplou ao meu ideal de expansividade das palavras, mas manteve vivo o desejo de ir além, de prosseguir nas batalhas que vão e vêm. Creio que o que contempla tal pensamento seria a máxima de que o silêncio implica um desejo futuro da expressão, de se abrir as comportas da alma para a exaltação de tudo que foi, de forma quieta e serena, vivido e sentido no momento da dor.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;">Considero a dimensão do silêncio uma esfera existencial de múltiplas faces, um caminho longo, deserto e dúbio quanto aos seus próprios sentidos e consequências. Sua configuração toma proporções completamente opostas de acordo com a disposição que se observa no momento em que se adentra às suas portas. Quase sempre, a rota de saída revela-se no momento em que se viu a inserção em seus jogos e mistérios.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;">Tais apontamentos justificam-se na própria configuração humana que, a meu ver, explica-se mais pelas perguntas que erguem-se à sua volta que nas respostas existentes. Olhando o silêncio como uma consequência das escolhas do ser, diria que as questões que envolvem o ingresso em seus domínios é que definirão os rumos dos caminhos que ali se farão trilhados. Sendo assim, então quais seriam as perguntas capazes de revelarem o silêncio? Que questionamentos atenderia m a demando da noção sobre as rotas futuras no momento da reclusão e remanso da alma?</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;">Se pensarmos profundamente nas coisas que de fato significam e dão cores à vida, basta olharmos às motivações que nos levam a nos calarmos. Se tivermos consciência das motivações que nos conduzem ao silêncio, tatearemos uma rota menos sombria como superação de seus desertos. Insisto que as perguntas mais simples evocam as reflexões mais complexas. Perguntas que silenciam dão pistas de quem somos, o que queremos ser e o que de fato estamos nos tornando.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;">O que te conduz ao silêncio? Uma fuga vazia das misérias da vida? A revolta surgida dos fracassos e objetivos não alcançados? Seu silêncio é um dar de costas à vida ou uma necessidade de aprendizado? Tais questões, em si, já apresentam consequências sutis...</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;">Quem usa do silêncio para se isolar verá aos poucos sua existência vestir-se do vazio; se for tomado como rota de fuga, criará um mundo em eterna diáspora; se for uma resposta impensada ao fracasso e insatisfação, imporá clausura à liberdade.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;">Só nos fará bem o silêncio que irrompe em brados de superação. Será satisfatória a quietude que prepara e alimenta estrategicamente o desejo da fala, de se compartilhar as duras penas e apontar a outrem que existe beleza em meio ao marasmo e crueldade que a tudo ronda e a tudo tenta sorver.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;">Ao fim de tudo, do silêncio, em seus caminhos, nos caminhos que se darão ao se vencer seus labirintos... o que definirá os rumos para a superação serão as escolhas. Sim, as escolhas que transcendem nosso próprio desejo individual, que edificam nossos semelhantes, estas, sim, serão os inabaláveis que nos conduzirão à felicidade. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;">Tudo isto me eleva a romper meu silêncio...</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;">Escrito por Edward de A. Campanário Neto - em homenagem às amigas Kelly Souza e Gisele Anjos </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>Edward de A. Campanário Netohttp://www.blogger.com/profile/08204164548740164080noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7785973276632358279.post-89036244779391197792011-08-03T08:30:00.002-03:002011-08-03T09:59:54.957-03:00Sutilezas de Agosto...<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiJNYLDSaBp_4PLwgaoW0BEa72zBh0tmfkfPKTCKDZhzjGUa7pbB7WGIeKENJ8-Ii-hicTNivd3xYhQAxQ2JuVwCndN4WKdf0rScOZwVLYHl9coEogx_3jBK7L4F4ZE1M9FjFonCUjCCMGn/s1600/Vento.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="251" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiJNYLDSaBp_4PLwgaoW0BEa72zBh0tmfkfPKTCKDZhzjGUa7pbB7WGIeKENJ8-Ii-hicTNivd3xYhQAxQ2JuVwCndN4WKdf0rScOZwVLYHl9coEogx_3jBK7L4F4ZE1M9FjFonCUjCCMGn/s320/Vento.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span class="apple-style-span"><span style="color: black; font-size: 13.5pt;"><br /></span></span></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span class="apple-style-span"><span style="color: black; font-size: 13.5pt;"><span class="Apple-style-span" style="background-color: white; color: #474747; font-family: 'Walter Turncoat'; font-size: 15px; line-height: 20px;"></span></span></span></div>
<div style="text-align: center;">
<div style="text-align: center;">
<span class="Apple-style-span" style="color: #274e13; font-family: Times, 'Times New Roman', serif; font-size: 15px; line-height: 20px;"><i>===============================================</i></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span class="Apple-style-span" style="color: #274e13; font-family: Times, 'Times New Roman', serif; font-size: 15px; line-height: 20px;"><i><br /></i></span></div>
</div>
<span class="Apple-style-span" style="background-color: white; color: #274e13; font-family: Times, 'Times New Roman', serif; font-size: 18px;"><i>"Prelúdio da primavera, época de portentosa brotação para que as flores mostrem seu vigor escondido em tom de mistério por todo inverno, na queda de folhas. Ventos como os de agosto, talvez em março... ventos frescos do meandro que povoa a fronteira das estações amenas e quentes."</i></span><br />
<div style="margin-bottom: 0.0001pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: center; text-indent: 35.45pt;">
<span class="apple-style-span"><span class="Apple-style-span" style="background-color: #edeff4; font-size: 18px;"><span class="Apple-style-span" style="background-color: white; color: #274e13; font-family: Times, 'Times New Roman', serif; font-size: 15px; line-height: 20px;"><i><br />===============================================</i></span></span></span></div>
<a name='more'></a><br />
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span class="apple-style-span"><span style="background-color: white; font-size: 13.5pt;">Inicia-se
mais um Agosto num calendário onde os meses são as fronteiras da memória, da
história e do tempo. Passou-se Julho, e a sensação é de que o ano escorre como
as chuvas de Março meio às dúvidas e mistérios do por vir, trazendo sensações
de um dezembro que se antecipa para um ciclo e que se encerra e outro que se
inicia.<o:p></o:p></span></span></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span class="apple-style-span"><span style="background-color: white; font-size: 13.5pt;">E assim segue
a vida. Nos termos de Agosto, visto com desgosto entre tantos, tento nele me
inspirar e me lançar à poesia. Sim, mo mês que tem em si o desfecho do inverno
e a fronteira às portas da doce primavera de Setembro, me permito a entrega aos
seus ventos vívidos e amenas brisas no amanhecer.<o:p></o:p></span></span></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span class="apple-style-span" style="background-color: white;"><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; font-size: 13.5pt;">Prelúdio
da primavera, época de portentosa brotação para que as flores mostrem seu vigor
escondido em tom de mistério por todo inverno, na queda de folhas. Ventos como
os de agosto, talvez em março... ventos frescos do meandro que povoa a
fronteira das estações amenas e quentes.</span><o:p></o:p></span></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span class="apple-style-span"><span style="background-color: white; font-size: 13.5pt;">Agosto tem
suas sutilezas que sempre vêm ao meu encontro. De forma única, sou conduzido às
mais profundas reflexões do ser, embaladas por seus ventos que entoam canções
suaves no ar frio da manhã e úmido ao fim das tardes, nem tão frias, longes de
serem vazias em meu coração.<o:p></o:p></span></span></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span class="apple-style-span"><span style="background-color: white; font-size: 13.5pt;">E o que dizer e esperar
do grande ciclo de renovo que se revela em Agosto? Poeticamente ele me inspira
e me convida a observar a graça de como tudo se refaz. À sua maestria na grande
orquestra da vida o vazio persistente se veste de um verde de esperança,
lançando sonhos sobre as flores que também serão sonhos de borboletas que
virão.<o:p></o:p></span></span></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span class="apple-style-span"><span style="background-color: white; font-size: 13.5pt;"> Perdido nos meus deleites, nada de desgosto
há. Resta-me a contemplação dos ciclos que vão e vêm nesta sina que aos poucos
me constroem e me dizem o que sou, de onde vim e para onde vou. De doces
sutilezas este Agosto de muitos que passaram e muitos outros que virão, vou
saboreando o gosto da existência.<o:p></o:p></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="background-color: white;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: 18px;">Com alma de poeta vou
tecendo meus versos num palco onde o verde esconde galhos secos e retorcidos. A
vida explode da morte que, na verdade nem morte era, mas somente vida que
adormecia. E assim eu também desperto como de um grande sono, percebo que nem
tudo se perdeu ou está perdido. Compreendo neste meu Agosto com gosto de
recomeço a grandeza e mistério do tudo, do nada e de alguma coisa mais.</span> </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="background-color: white;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="background-color: white;">Escrito por Edward de A. Campanário Neto</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="background-color: white;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="background-color: white;"></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span class="Apple-style-span" style="color: #274e13; font-family: Times, 'Times New Roman', serif; font-size: 15px; line-height: 20px;"><i>===============================================</i></span></div>
<div style="text-align: center;">
<div style="text-align: center;">
<span class="Apple-style-span" style="color: #274e13; font-family: Times, 'Times New Roman', serif; font-size: 15px; line-height: 20px;"><i></i></span><br />
<div style="margin-bottom: 0.0001pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: center; text-indent: 35.45pt;">
<span class="Apple-style-span" style="color: #274e13; font-family: Times, 'Times New Roman', serif; font-size: 15px; line-height: 20px;"><i><span class="apple-style-span"><span style="font-size: 13.5pt;"><b>O modo como lançamos olhares para a vida é o que faz a diferença, seja Agosto ou não...</b></span></span></i></span></div>
<span class="Apple-style-span" style="color: #274e13; font-family: Times, 'Times New Roman', serif; font-size: 15px; line-height: 20px;"><i>
</i></span><span class="Apple-style-span" style="background-color: white; color: #274e13; font-family: Times, 'Times New Roman', serif; font-size: 15px; line-height: 20px;"><i>===============================================</i></span></div>
</div>
<div style="text-align: center;">
<span class="Apple-style-span" style="color: #274e13; font-family: Times, 'Times New Roman', serif; line-height: 20px;"><i></i></span><br />
<div style="margin-bottom: 0.0001pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: center; text-indent: 35.45pt;">
<span class="Apple-style-span" style="color: #274e13; font-family: Times, 'Times New Roman', serif; line-height: 20px;"><i><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;"><b><br /></b></span></i></span></div>
<span class="Apple-style-span" style="color: #274e13; font-family: Times, 'Times New Roman', serif; line-height: 20px;"><i>
</i></span></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="background-color: white;"><br /></span></div>Edward de A. Campanário Netohttp://www.blogger.com/profile/08204164548740164080noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7785973276632358279.post-75924723802761143892011-08-02T08:30:00.074-03:002011-08-02T10:35:18.607-03:00O que eu mais quero...<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://nizi.vini.zip.net/images/pensando_alto.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://nizi.vini.zip.net/images/pensando_alto.jpg" width="228" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<div style="text-align: center;">
<span class="Apple-style-span" style="color: #274e13; font-family: Times, 'Times New Roman', serif; font-size: 15px; line-height: 20px;"><i>===============================================</i></span></div>
</div>
<div>
<span class="Apple-style-span" style="color: #274e13;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: 15px; line-height: 20px;"><i><br /></i></span></span></span></div>
<br />
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-size: 13.5pt;"><i><span class="Apple-style-span" style="color: #274e13;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;">"Tudo o que eu mais quero e preciso neste
momento é um tempo para que eu possa me encontrar. Digo que saber que se está
perdido é o primeiro passo rumo a um salto existencial concreto, de forma que
eu saiba por onde andei, onde estou e onde deva ou queira estar." </span><o:p></o:p></span></i></span></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-size: 13.5pt;"><i><span class="Apple-style-span" style="color: #274e13;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;"><br /></span></span></i></span></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="color: black; font-size: 13.5pt;"><br /></span></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span class="Apple-style-span" style="font-size: 15px; line-height: 20px;"></span></div>
<div style="color: #474747; font-family: 'Walter Turncoat'; text-align: center;">
</div>
<div style="text-align: center;">
<span class="Apple-style-span" style="color: #274e13;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif; font-size: 15px; line-height: 20px;"><i>===============================================</i></span></span><br />
<a name='more'></a></div>
<div style="text-align: center;">
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: center;">
<div style="text-align: center;">
<div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="color: #274e13; font-family: Times, 'Times New Roman', serif; font-size: medium;"><b><i><br /></i></b></span></div>
</div>
</div>
</div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span class="Apple-style-span" style="font-size: 18px;">Tudo o que eu mais quero e preciso neste momento é um tempo para que eu possa me encontrar. Digo que saber que se está perdido é o primeiro passo rumo a um salto existencial concreto, de forma que eu saiba por onde andei, onde estou e onde deva ou queira estar.</span></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-size: 13.5pt;">À sombra deste princípio me situo diante
da vida sob novas perspectivas, me deixando levar por caminhos e leques de
virtudes para que eu alcance uma plenitude de meu próprio ser. Assim terei
oportunidades para vislumbrar algo novo que me dê asas para céus de
infinitos sonhos e recomeços tão necessários.<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-size: 13.5pt;">Para partir sei que preciso de um primeiro
passo, mas não tenho pressa... Não me atreverei com algo para o vazio ou
para o nada ou, ainda, para um tudo sem sentido que em meus enganos creio ser
real. Afinal, não sairei a buscar respostas para o tudo e nada, mas a lançar
perguntas sobre meu próprio ser. <o:p></o:p></span></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-size: 13.5pt;">Quero redescobrir-me nas veredas de minha
alma, passear pelos jardins e labirintos que existem em meu âmago, construções
de minhas escolhas. O que eu mais quero e preciso neste momento é um tempo para
que eu possa me encontrar. Talvez, em minha jornada, me esbarre diante do
inesperado. Quem sabe não me deparo com um novo amor, projetos mais ousados ou,
simplesmente, comigo mesmo?<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-size: 13.5pt;">Parece confuso... mas uma coisa tenho
convicção. Após o crivo da reflexão todas as coisas, ainda que não tenham
sofrido mudanças, nunca mais serão as mesmas, já que o que importa, acima de
tudo, é a significação que há... <o:p></o:p></span></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-size: 13.5pt;">Talvez eu não preciso encontrar um novo
eu, mas um significado mais pleno para seguir adiante na jornada da existência.
O que eu mais quero e preciso neste momento é um tempo para que eu possa
me encontrar.</span><br />
<span style="font-size: 13.5pt;"><br /></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 18px; line-height: 20px;">Escrito por Edward de A. Campanário Neto</span></div>
<div style="text-align: center;">
<div style="text-align: center;">
<span class="Apple-style-span" style="color: #274e13;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif; font-size: 15px; line-height: 20px;"><i><br /></i></span></span><br />
<b><span class="Apple-style-span" style="color: #274e13;">===============================================<br />"Ainda que eu não tenha todas as respostas, bem sei do que preciso..."<br />===============================================</span></b></div>
</div>Edward de A. Campanário Netohttp://www.blogger.com/profile/08204164548740164080noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7785973276632358279.post-71719433489213756322011-07-30T08:30:00.001-03:002011-07-30T08:30:02.357-03:00A fragilidade das civilizações...<br />
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjcLFrm6pY1GzG2jDFLjnQDrbomfL0R3Krl9EVggCEv075EKdJ9L7bogt_JZSac6h8_9plgrlms2lW0iHoeCfLwT_Nrh2oDOvi6Nd4Ks__MExjuybgHtczZ7Lg4pWeDukZzjJPLs2w3lfE/s1600/fim-do-mundo1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="251" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjcLFrm6pY1GzG2jDFLjnQDrbomfL0R3Krl9EVggCEv075EKdJ9L7bogt_JZSac6h8_9plgrlms2lW0iHoeCfLwT_Nrh2oDOvi6Nd4Ks__MExjuybgHtczZ7Lg4pWeDukZzjJPLs2w3lfE/s320/fim-do-mundo1.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="line-height: 24px; margin-bottom: 0.0001pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div style="line-height: 24px; margin-bottom: 0.0001pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<i><span class="Apple-style-span" style="color: #274e13;">Ledo engano de pensarmos que nosso modelo de sociedade é sólido e inabalável</span></i></div>
<div style="line-height: 24px; margin-bottom: 0.0001pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<i><span class="Apple-style-span" style="color: #274e13;"><br /></span></i></div>
<div style="line-height: 24px; margin-bottom: 0.0001pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Walter Turncoat'; font-size: 15px; line-height: 20px;"><span class="Apple-style-span" style="color: #274e13;"></span></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span class="Apple-style-span" style="color: #274e13;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: 15px; line-height: 20px;"><i>__________________________________________________________</i></span></span></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span class="Apple-style-span" style="color: #274e13;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: 15px; line-height: 20px;"><i><br /></i></span></span></span></div>
<br />
<div style="line-height: 24px; margin-bottom: 0.0001pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<i><span class="Apple-style-span" style="color: #274e13;">"Imagino que impera um sentimento de superioridade e convicção nos rumos do mundo. Parece que todas as revoluções no mundo das ciências, somadas às mudanças tecnológicas e econômicas, trouxeram consigo um ranço imediatista para a mentalidade dos seres humanos: não há limites que não possam ser traspassados; não há barreiras ou cifras suficientes para satisfazerem os desejos cada vez mais megalomaníacos e compulsivos."</span></i></div>
<div style="line-height: 24px; margin-bottom: 0.0001pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<i><span class="Apple-style-span" style="color: #274e13;"><br /></span></i></div>
<div style="line-height: 24px; margin-bottom: 0.0001pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Walter Turncoat'; font-size: 15px; line-height: 20px;"></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: 15px; line-height: 20px;"><i><span class="Apple-style-span" style="color: #274e13;">__________________________________________________________</span></i></span></span></div>
<br />
<div>
<a name='more'></a><div style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
A cada dia despontam dos noticiários novas e inúmeras
descobertas científicas. O mercado lança um sem número de produtos de consumo
para as massas. São novas marcas, variadas e cada vez mais incisivas campanhas
de marketing e fronteiras sendo diluídas na grande aldeia global proporcionada
pelos avanços constantes na redes de comunicação.</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
O tempo se esvai diante dos nossos olhos, imaginamos, de
forma que temos a sensação de que alguma linha no espaço-tempo alterou de forma
misteriosa o modo como ele discorre. Sentimos que pouco tempo nos resta e que
tudo passa muito depressa para refletirmos e arrazoarmos nos momentos de
tomadas de importantes decisões. Este, com certeza, é um dos grandes males da
humanidade em tempo pós-modernos, tempos onde a inovação, a comunicação e a
tecnologia tornaram-se a espinha dorsal da sociedade, atingida de diversas
formas por seus impactos e consequências.</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
Imagino que impera um sentimento de superioridade e convicção
nos rumos do mundo. Parece que todas as revoluções no mundo das ciências,
somadas às mudanças tecnológicas e econômicas, trouxeram consigo um ranço
imediatista para a mentalidade dos seres humanos: não há limites que não possam
ser traspassados; não há barreiras ou cifras suficientes para satisfazerem os
desejos cada vez mais megalomaníacos e compulsivos.</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
Como um tanto de outras civilizações de outros tempos, que
tiveram seus momentos de glória e supremacia em sua cultura ou modo de vida, a
civilização de nossos dias contempla-se a caminho do desenvolvimento pleno.
Olha para is mesma numa ilusão distorcida de sua supremacia, encantada com suas
próprias virtudes e caminhos. </div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
Mas nesta questão habita uma grande controvérsia, ou, se
preferirem, um “porém” que se interpõe diante das palavras de contemplação da
mentalidade da atual conjuntura mundial.</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
Sequer imaginamos a fragilidade da cultura da atualidade. Não
percebemos o quanto são instáveis e duvidosos os alicerces que sustentam a
economia, os sistemas de governo, a produção, o conhecimento e as relações
humanas.</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
Basta olhar para as ruínas de civilizações que ficaram
esquecidas e desconhecidas na história por séculos, sendo somente compreendidas
e reveladas à humanidade após muitos anos de estudo e reconstrução, já que só
restaram delas fragmentos enterrados nas areias de desertos e em cidades
abandonadas, esquecidas, demolidas pelas consequências da fabilidade humana.</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
Qualquer um diria ser absurdo a retórica da fragilidade de
nossa civilização, mas o que são os últimos três poucos séculos de gênese e
expansão de democracias modernas e economias de mercado diante dos milênios e
muitos séculos de cultura egípcia, assíria ou babilônica?</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
Seria loucura pensar em São Paulo, Nova Iorque e Londres
abandonadas em ruínas, porém, se nos atentarmos à Heliópolis, Babilônia e
Nínive, em seus tempos de glória também era inimaginável que sucumbiriam ao
colapso.</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Por mais que
avencemos em milhares de áreas através do conhecimento e comunicação, seremos
sempre vítimas de crises econômicas, sociais e políticas. A motivação para o
risco perene de tal proximidade do abismo se revelará no atraso humano motivado
pela religião cega e vazia, pelos apelos e arranjos egoístas, pela corrupção
dos governos e sistemas... </div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
Por fim, no âmago de cada ser humano se trava e se travará o
rumo da sociedade como um todo, sendo que, de forma bastante clara, temos
perdido sucessivas e importantes batalhas.</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
Basta escolhermos se continuaremos a nos permitir viver
existências imediatas e pautadas no prazer ilimitado e inquestionável.
Precisaremos esquecer a louca busca por respostas e iniciamos a jornada em prol
de perguntas e questionamentos capazes de nos soltarem das amarras do
automatismo comportamental, que nos priva da reflexão.</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
A humanidade carece urgentemente de preencher seu vazio para
além do consumo e do poder, indo em busca de uma nova e plena etapa de
desenvolvimento, de caminhos outros, caminhos que apontem para a humanidade
que, ainda reprimida e esquecida, habita em nós. </div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
Escrito por Edward de A. Campanário Neto</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span class="Apple-style-span" style="color: #474747; font-family: 'Walter Turncoat'; font-size: 15px; line-height: 20px;"></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span class="Apple-style-span" style="color: #274e13; font-family: Times, 'Times New Roman', serif;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: 15px; line-height: 20px;"><i>__________________________________________________________</i></span></span></div>
<div>
<span class="Apple-style-span" style="color: #274e13; font-family: Times, 'Times New Roman', serif;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: 15px; line-height: 20px;"><i><br /></i></span></span></div>
<br />
</div>Edward de A. Campanário Netohttp://www.blogger.com/profile/08204164548740164080noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7785973276632358279.post-17404176854761889532011-07-28T12:18:00.000-03:002011-07-28T12:18:59.810-03:00A vida é uma grande canção...<div style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjcZMK0dUN4i-sKkSkdk457PQUpUIz72nIXwuHegCLkO5NQrkeDmMlq2cRfUkZzxnRYXDzz-EYlBHefkROso5X1oxW6S7gcwAjAzx4LRfEc3pN5MVJEZ7sQScSnQ1p4HWV8BXxfKNOlHWOX/s1600/danca%255B1%255Dde+salao.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjcZMK0dUN4i-sKkSkdk457PQUpUIz72nIXwuHegCLkO5NQrkeDmMlq2cRfUkZzxnRYXDzz-EYlBHefkROso5X1oxW6S7gcwAjAzx4LRfEc3pN5MVJEZ7sQScSnQ1p4HWV8BXxfKNOlHWOX/s320/danca%255B1%255Dde+salao.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<span class="Apple-style-span" style="color: #274e13; font-family: Times, 'Times New Roman', serif;"><i>Me dá a honra da próxima dança?</i></span></div>
<span class="Apple-style-span" style="font-size: 15px; line-height: 20px;"><span class="Apple-style-span" style="color: #274e13; font-family: Times, 'Times New Roman', serif;"></span></span><br />
<div style="text-align: center;">
<span class="Apple-style-span" style="color: #274e13; font-family: Times, 'Times New Roman', serif;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: 15px; line-height: 20px;"><i>__________________________________________________________</i></span></span></div>
<div>
<span class="Apple-style-span" style="color: #274e13; font-family: Times, 'Times New Roman', serif;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: 15px; line-height: 20px;"><i><br /></i></span></span></div>
<br />
<span class="Apple-style-span" style="color: #274e13; font-family: Times, 'Times New Roman', serif;"><i>"Ah, as canções... De fato ela revelam os desejos do coração, a vontade persistente, o alvo a ser alcançado ou, ainda, o contentamento por tudo o que foi conquistado nas idas e vindas dos passos e movimentos do corpo e da alma. Assim, podemos dizer que a vida é uma grande canção, um misto de ritmo, essência, harmonia e conflito."</i></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-size: 15px; line-height: 20px;"></span><br />
<div style="color: #474747; font-family: 'Cherry Cream Soda'; text-align: center;">
<span class="Apple-style-span" style="font-size: 15px; line-height: 20px;"><i><span class="Apple-style-span" style="color: #274e13; font-family: Times, 'Times New Roman', serif;">__________________________________________________________<a name='more'></a></span></i></span></div>
<div>
<span class="Apple-style-span" style="color: #274e13; font-family: Times, 'Times New Roman', serif;"><i><br /></i></span></div>
<br />
Nunca me cansarei de dizer que é vida é algo surpreendente, feita de ciclos que vão e vêm em meio ao mundo que nos rodeia, mundo este dotado de capacidade ímpar de transformações que, cada qual à sua maneira, movem o remanso das águas de nosso interior. De fato, flertam com nossa essência propostas que no colocam face-a-face com o infinito, com o misterioso sabor que há em simplesmente existirmos e buscarmos um sentido para nós mesmos.</div>
<div style="text-align: justify;">
E nesta ciranda onde todos bailam a sina de sua própria vida e escolhas, por ora muda-se o ritmo da música, afinam-se os tons; enquanto uns instrumentos silenciam, outros adentram na orquestra. O mais magnífico de tudo isso é o fato de a música nunca parar. Ainda que cada qual perceba a harmonia de variadas as formas, todos ouvem a música, todos movem-se ao seu ritmo inebriante. </div>
<div style="text-align: justify;">
Não diferente de qualquer seresta, no grande salão da existência, nem sempre nos agradamos de nossos pares, nem sempre apreciamos o repertório do maestro, banda ou cantor, sendo que, às vezes, somente observamos os pares a bailar. Podemos nos aquietar com o ato de sentarmos à mesa e pedirmos uma bebida, apreciá-la junto ao mundo que se move diante de nossos olhos. Assim, praticamos a liberdade de nossa alma, que pode tanto se calar no salão, levantar-se e convidar alguém para a dança ou, surpreendentemente, assumir protagonismo do palco e conduzir a próxima canção...</div>
<div style="text-align: justify;">
Ah, as canções... De fato ela revelam os desejos do coração, a vontade persistente, o alvo a ser alcançado ou, ainda, o contentamento por tudo o que foi conquistado nas idas e vindas dos passos e movimentos do corpo e da alma. Assim, podemos dizer que a vida é uma grande canção, um misto de ritmo, essência, harmonia e conflito. Tal canção mescla-se num todo que nos completa, que diz a nós e aos outros quem de fato somos, o que queremos e, o mais importante, o que viemos fazer ao sermos introduzidos neste grande salão, permeado de sonhos, medos, desejos, amores...</div>
<div style="text-align: justify;">
E segue a música. Estou sentado observando tudo o que me cerca. Ao meu lado vejo um homem chorando as mágoas de um amor perdido. Acaba de passar em minha frente um casal apaixonado que inspira graciosidade e beleza em seus passos. No palco, o saxofonista faz uma pausa para beber água, enquanto nos bastidores, o empresário discute com o proprietário do estabelecimento que os cantores e instrumentistas não receberam o cachê. À minha frente passa uma mãe furiosa, que repreende seu filho, um garoto vívido, de querer espiar a calcinha das meninas. Eu vejo tudo, eu estou vivo.</div>
<div style="text-align: justify;">
Acaba de sentar-se uma moça ao meu lado. Ofereço-lhe uma bebida. Vou convidá-la para dançar... Ah, sim! A vida é uma grande canção.<br />
<br />
Escrito por Edward de A. Campanário Neto<br />
<span class="Apple-style-span" style="color: #474747; font-family: 'Cherry Cream Soda'; font-size: 15px; line-height: 20px;"></span><br />
<div style="text-align: center;">
<span class="Apple-style-span" style="font-size: 15px; line-height: 20px;"><i><span class="Apple-style-span" style="color: #274e13; font-family: Times, 'Times New Roman', serif;">__________________________________________________________</span></i></span></div>
<div>
<span class="Apple-style-span" style="font-size: 15px; line-height: 20px;"><i><span class="Apple-style-span" style="color: #274e13; font-family: Times, 'Times New Roman', serif;"><br /></span></i></span></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>Edward de A. Campanário Netohttp://www.blogger.com/profile/08204164548740164080noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7785973276632358279.post-13043116611889955952011-07-17T08:30:00.005-03:002011-07-17T12:58:03.045-03:00Perguntas que silenciam...<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgwnrpuYamyz6Lry8xcHQnpKq8eOhdqLOW3l5UerKPros-UvDsTgy-BSWCbfSXgCtqQR0fHrZb2D6lPa9vKUxY6jgs1CXhEvuz93GyVd_NHezEHjQL-motwp_wTuSTdH8ERqWJPIjQi-qU/s400/Silencio2.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgwnrpuYamyz6Lry8xcHQnpKq8eOhdqLOW3l5UerKPros-UvDsTgy-BSWCbfSXgCtqQR0fHrZb2D6lPa9vKUxY6jgs1CXhEvuz93GyVd_NHezEHjQL-motwp_wTuSTdH8ERqWJPIjQi-qU/s320/Silencio2.png" width="319" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<span class="Apple-style-span" style="color: #274e13; font-family: Times, 'Times New Roman', serif;"><i>É urgente a necessidade de nos calarmos diante das questões mais urgentes do ser...</i></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span class="Apple-style-span" style="font-size: 15px; line-height: 20px;"><i><span class="Apple-style-span" style="color: #274e13; font-family: Times, 'Times New Roman', serif;">__________________________________________________________</span></i></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span class="Apple-style-span" style="font-size: 15px; line-height: 20px;"><i><span class="Apple-style-span" style="color: #274e13; font-family: Times, 'Times New Roman', serif;"><br /></span></i></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="color: #274e13; font-family: Times, 'Times New Roman', serif;"><i>"Num mundo ruidoso existem perguntas que silenciam, que calam a existência e expõem verdades inconvenientes, as quais nos negamos a crer e nos esforçamos ao máximo para enclausurar. Assim, as encobrimos com mentiras inteiras, meias verdades e até mesmo com verdades outras, que ocultam e mascaram o real..."</i></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span class="Apple-style-span" style="color: #474747; font-family: 'Cherry Cream Soda'; font-size: 15px; line-height: 20px;"><i><span class="Apple-style-span" style="color: #274e13; font-family: Times, 'Times New Roman', serif;">__________________________________________________________</span></i></span></div>
<a name='more'></a><br />
<div style="text-align: justify;">
Você já parou para lançar questionamentos à sua essência, ao mais profundo do ser? Percebe que existem perguntas às quais se negou responder ou sequer imaginou formular em sua consciência? Num mundo ruidoso existem perguntas que silenciam, que calam a existência e expõem verdades inconvenientes, as quais nos negamos a crer e nos esforçamos ao máximo para enclausurar. Assim, as encobrimos com mentiras inteiras, meias verdades e até mesmo com verdades outras, que ocultam e mascaram o real...</div>
<div style="text-align: justify;">
O que estamos fazendo de nossas vidas? Qual rumo temos dado aos caminhos que trilhamos? Nomeamos de liberdade uma jornada sem sentido? Declaramos ser felicidade os anseios que contemplam somente ao indivíduo? Taxamos de prisão e monotonia algo com início, meio e fim? A resposta pode se materializar em ilusão, onde subestimamos a existência ou a vestimos de falsidades que trazem aparente conforto...</div>
<div style="text-align: justify;">
Em que jardins andam nossas escolhas? Quais são nossas escolhas? Mais importante ainda, por que escolhemos por isto ou aquilo? Onde estão postos nossos "sims" e "nãos"? O que nos leva a dizer sim ou não? A resposta pode ser o ego e nada mais, para então nos encontrarmos em meio à real miséria da alma...</div>
<div style="text-align: justify;">
Até onde vai nossa fé? Trata-se de um conjunto de crenças que silencia a ansiedade? É o caminho que conduz ao pensamento de que somos melhores que as outras pessoas? Seria nosso instrumento de poder e julgamento? É a trilha estreita e cinzenta que seguimos somente para corroborar certezas cegas? Um conjunto de práticas que me isentam das responsabilidades de meus atos ou, pior ainda, os justificam arbitrariamente? A resposta pode ser o grande vazio que existe no coração da humanidade...</div>
<div style="text-align: justify;">
E os sentimentos? Somos autênticos com o que sentimos ou dizemos sentir? Os tomamos como rotas inquestionáveis de nossas escolhas, ou refletimos sobre suas consequências sobre nossos próprios caminhos e sobre a vida de quem está à nossa volta? Nos deixamos conduzir pela lógica do prazer individual, ou lançamos olhares na tentativa de conciliar o nosso bem-estar com a felicidade de nossos semelhantes? Afinal, nos consideramos co-participantes da felicidade alheia? As conclusões podem simplesmente estar afogadas num mundo de lodo que criamos para nossa sombria luxúria...</div>
<div style="text-align: justify;">
Amor, verdade, justiça... onde se encaixam tais termos em nossa existência? São fronteiras confusas ou inexistentes? Seriam mutáveis ao bel prazer de nossas próprias convicções fúteis e frívolas? Manifestam-se como o caminho mais conveniente e socialmente tolerável para alcançarmos as metas mais egoístas de nosso âmago? A resposta pode ser a de que nunca vivemos em intensidade, mas somente na busca imediata do pouco com destino ao nada, em meio ao incerto e sombrio...</div>
<div style="text-align: justify;">
O mundo não precisa exatamente de mais respostas. A humanidade precisa de mais perguntas. Enfim, mais que tudo, precisamos de tempo e reflexão para nos lançarmos a tais perguntas. Precisamos de humildade para nos rendermos ao seu viés libertador. Necessitamos de coragem para domar a sutil fera que há escondida dentro nós.</div>
<div style="text-align: justify;">
Silêncio... </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Escrito por Edward de A. Campanário Neto, em silêncio</div>
<div style="text-align: center;">
<span class="Apple-style-span" style="color: #474747; font-family: 'Cherry Cream Soda'; font-size: 15px; line-height: 20px;"><i><span class="Apple-style-span" style="color: #274e13; font-family: Times, 'Times New Roman', serif;">__________________________________________________________</span></i></span></div>Edward de A. Campanário Netohttp://www.blogger.com/profile/08204164548740164080noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7785973276632358279.post-88472462976563172772011-07-07T08:30:00.000-03:002011-07-07T08:30:01.394-03:00Veredas da Lontra<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://static.infoescola.com/wp-content/uploads/2009/08/full-12-fd839ffe55.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://static.infoescola.com/wp-content/uploads/2009/08/full-12-fd839ffe55.jpg" width="240" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<span class="Apple-style-span" style="color: #333333; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 20px;"><br /></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span class="Apple-style-span" style="font-size: 15px; line-height: 20px;"><span class="Apple-style-span" style="color: #274e13; font-family: Times, 'Times New Roman', serif;"><i>Quem já viu uma lontra? Encantadoras criaturas...</i></span></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span class="Apple-style-span" style="color: #474747; font-family: 'Cherry Cream Soda'; font-size: 15px; line-height: 20px;"><i><span class="Apple-style-span" style="color: #274e13; font-family: Times, 'Times New Roman', serif;">__________________________________________________________</span></i></span></div>
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: transparent; background-image: initial; background-origin: initial; border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; color: #333333; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 20px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; vertical-align: baseline;">
<a name='more'></a></div>
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: transparent; background-image: initial; background-origin: initial; border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; color: #333333; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 20px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: transparent; background-image: initial; background-origin: initial; border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; color: #333333; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 20px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; vertical-align: baseline;">
Faz teu mundo entre as veredas das águas</div>
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: transparent; background-image: initial; background-origin: initial; border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; color: #333333; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 20px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; vertical-align: baseline;">
Teu caminho é mistério em meio ao lodo e profundo dos rios</div>
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: transparent; background-image: initial; background-origin: initial; border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; color: #333333; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 20px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; vertical-align: baseline;">
Às margens barrentas encanta com seus segredos e prodígios</div>
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: transparent; background-image: initial; background-origin: initial; border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; color: #333333; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 20px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: transparent; background-image: initial; background-origin: initial; border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; color: #333333; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 20px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; vertical-align: baseline;">
Quem conhecerá o que viram seus olhos vívidos?</div>
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: transparent; background-image: initial; background-origin: initial; border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; color: #333333; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 20px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; vertical-align: baseline;">
Saberão por onde passastes teus dias?</div>
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: transparent; background-image: initial; background-origin: initial; border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; color: #333333; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 20px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; vertical-align: baseline;">
O que dirão quando te virem caminhando na noite de luar?</div>
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: transparent; background-image: initial; background-origin: initial; border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; color: #333333; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 20px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: transparent; background-image: initial; background-origin: initial; border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; color: #333333; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 20px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; vertical-align: baseline;">
És lontra, mas se move como cavalo que vai para guerra</div>
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: transparent; background-image: initial; background-origin: initial; border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; color: #333333; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 20px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; vertical-align: baseline;">
Sim, és lontra, mas caminha como noiva que vai ao altar</div>
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: transparent; background-image: initial; background-origin: initial; border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; color: #333333; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 20px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; vertical-align: baseline;">
Em tuas veredas tece mistérios que nenhum coração jamais conhecerá...</div>
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: transparent; background-image: initial; background-origin: initial; border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; color: #333333; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 20px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; vertical-align: baseline;">
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: transparent; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-style: initial; border-top-width: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: transparent; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-style: initial; border-top-width: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; vertical-align: baseline;">
Terá inimigos ao teu encalço</div>
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: transparent; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-style: initial; border-top-width: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; vertical-align: baseline;">
Te farás perversa aos olhos do pescador</div>
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: transparent; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-style: initial; border-top-width: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; vertical-align: baseline;">
Que te caça, mas te respeita pela honra de lontra que consigo traz</div>
</div>
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: transparent; background-image: initial; background-origin: initial; border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; color: #333333; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 20px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: transparent; background-image: initial; background-origin: initial; border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; color: #333333; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 20px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; vertical-align: baseline;">
E como rio segue seus caminhos, seguirá também sua sina de lontra</div>
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: transparent; background-image: initial; background-origin: initial; border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; color: #333333; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 20px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; vertical-align: baseline;">
Entre mergulhos viverá seu mundo de sonhos, de vida, de dor</div>
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: transparent; background-image: initial; background-origin: initial; border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; color: #333333; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 20px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; vertical-align: baseline;">
Perseguirá e será perseguida, em teu peito haverá também ferida</div>
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: transparent; background-image: initial; background-origin: initial; border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; color: #333333; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 20px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: transparent; background-image: initial; background-origin: initial; border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; color: #333333; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 20px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; vertical-align: baseline;">
E tal ferida somente a alma do rio compreenderá</div>
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: transparent; background-image: initial; background-origin: initial; border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; color: #333333; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 20px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; vertical-align: baseline;">
Dele se fará entendida, lontra</div>
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: transparent; background-image: initial; background-origin: initial; border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; color: #333333; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 20px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; vertical-align: baseline;">
Fará dele suas veredas, veredas de lontra, de vida...</div>
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: transparent; background-image: initial; background-origin: initial; border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; color: #333333; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 20px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: transparent; background-image: initial; background-origin: initial; border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; color: #333333; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 20px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; vertical-align: baseline;">
Escrito por Edward de A. Campanário Neto</div>
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: transparent; background-image: initial; background-origin: initial; border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; color: #333333; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 20px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: center; vertical-align: baseline;">
<span class="Apple-style-span" style="color: #474747; font-family: 'Cherry Cream Soda';"><i><span class="Apple-style-span" style="color: #274e13; font-family: Times, 'Times New Roman', serif;">__________________________________________________________</span></i></span></div>Edward de A. Campanário Netohttp://www.blogger.com/profile/08204164548740164080noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7785973276632358279.post-75278696678908542582011-07-05T08:30:00.000-03:002011-07-05T08:30:01.286-03:00Poesia de última hora...<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEihCX1jPPRRNH_5foU4orzqVZ5F8u-VfXOQPYROvCuIk1UzsMrk0FZtPvVZNktA3tE5Tf_99zPJXo8GCkfydItknpNKlsFe-QNCpGWWPbwf7_cpOcj7NBSd_XW_tAh7ihStghbBH2STWx8/s1600/sem+palavras.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="235" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEihCX1jPPRRNH_5foU4orzqVZ5F8u-VfXOQPYROvCuIk1UzsMrk0FZtPvVZNktA3tE5Tf_99zPJXo8GCkfydItknpNKlsFe-QNCpGWWPbwf7_cpOcj7NBSd_XW_tAh7ihStghbBH2STWx8/s320/sem+palavras.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<i><span class="Apple-style-span" style="color: #274e13; font-family: Times, 'Times New Roman', serif;">E assim, o novo destila as palavras, desperta sonhos, acalenta o coração</span></i></div>
<div style="text-align: center;">
<span class="Apple-style-span" style="color: #474747; font-family: 'Cherry Cream Soda'; font-size: 15px; line-height: 20px;"><i><span class="Apple-style-span" style="color: #274e13; font-family: Times, 'Times New Roman', serif;">__________________________________________________________</span></i></span></div>
<a name='more'></a><br />
<div style="text-align: justify;">
Poesia de última hora, vislumbre da alma </div>
<div style="text-align: justify;">
Inspiração, momento sublime das emoções</div>
<div style="text-align: justify;">
Palavra no silêncio, doces sussurros </div>
<div style="text-align: justify;">
Primavera em meu inverno, primeira flor</div>
<div style="text-align: justify;">
Sol da alvorada, luz na imensidão</div>
<div style="text-align: justify;">
Essência dos perfumes, pétalas das rosas</div>
<div style="text-align: justify;">
Voz do vento, caminho das brisas</div>
<div style="text-align: justify;">
Palavras do poeta, verbo da ação</div>
<div style="text-align: justify;">
Surgiu como a bruma no início da noite </div>
<div style="text-align: justify;">
Havia brilho em teus olhos de luar</div>
<div style="text-align: justify;">
Encantadora, misteriosa...</div>
<div style="text-align: justify;">
Ícone precioso e de grande valor</div>
<div style="text-align: justify;">
Lança-me a buscar as mais ternas palavras</div>
<div style="text-align: justify;">
Aquieta o mundo à minha volta</div>
<div style="text-align: justify;">
Reúne em si graciosidade e paz</div>
<div style="text-align: justify;">
Evoca esperança e desejo de ser</div>
<div style="text-align: justify;">
Garante doces sonhos no silêncio da noite</div>
<div style="text-align: justify;">
Inibe o medo, deixa de mãos vazias a solidão</div>
<div style="text-align: justify;">
Nos meus caminhos faz parte do novo</div>
<div style="text-align: justify;">
Assim, poesia de última hora, vislumbre da alma</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
Escrito por Edward de A. Campanário Neto<br />
<div style="text-align: center;">
<span class="Apple-style-span" style="color: #474747; font-family: 'Cherry Cream Soda'; font-size: 15px; line-height: 20px;"><i><span class="Apple-style-span" style="color: #274e13; font-family: Times, 'Times New Roman', serif;">__________________________________________________________</span></i></span></div>Edward de A. Campanário Netohttp://www.blogger.com/profile/08204164548740164080noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7785973276632358279.post-69148655313451644522011-06-21T08:30:00.001-03:002011-06-21T08:30:03.901-03:00Inquietações...<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhBwUy70Bb0HliS2vZH1vKMhaRU_TRIRgXmNKCfaUwSI9DnDyvlE-8FNssfiFQoeq7Zo5QCXR-vQoSGLTVxe85xMgxWLPhfDzIrvYQMe-VQVUHH2viDEMt0aTu-kXjS5cQb6YSfI-dDMaou/s400/tween+picks-+P&B.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="246" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhBwUy70Bb0HliS2vZH1vKMhaRU_TRIRgXmNKCfaUwSI9DnDyvlE-8FNssfiFQoeq7Zo5QCXR-vQoSGLTVxe85xMgxWLPhfDzIrvYQMe-VQVUHH2viDEMt0aTu-kXjS5cQb6YSfI-dDMaou/s320/tween+picks-+P&B.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<i><span class="Apple-style-span" style="color: #274e13; font-family: Times, 'Times New Roman', serif;">"Digo que nada é inteiramente ruim se isso que me inquieta mostra que estou vivo" - Lya Luft, em A Riqueza do Mundo</span></i></div>
<br />
<div style="font-size: 15px; line-height: 20px; text-align: center;">
<i><span class="Apple-style-span" style="color: #274e13; font-family: Times, 'Times New Roman', serif;">__________________________________________________________</span></i></div>
<div>
<i><span class="Apple-style-span" style="color: #274e13; font-family: Times, 'Times New Roman', serif;"><br /></span></i></div>
<span class="Apple-style-span" style="color: #274e13; font-family: Times, 'Times New Roman', serif;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: 15px; line-height: 20px;"><i></i></span><i></i></span><br />
<i><span class="Apple-style-span" style="color: #274e13; font-family: Times, 'Times New Roman', serif;">"Permitindo-me viver minhas inquietações, mais do que nunca, é que percebo que estou vivo. De fato, estou imerso nelas, descubro em seu marasmo ou caos a essência que emana de meu ser. Assim, percebo o quanto estou longe daquele mundo perfeito onde tudo evoca o inalcançável . Prefiro pensar e crer no ideal tracejado nas linhas do real, do concreto e passível de vir a ser."</span></i><br />
<br />
<div style="font-size: 15px; line-height: 20px; text-align: center;">
<i><span class="Apple-style-span" style="color: #274e13; font-family: Times, 'Times New Roman', serif;">__________________________________________________________</span></i><br />
<a name='more'></a></div>
<div>
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;">Insisto em lançar olhares de surpresa à vida. O que sou eu, senão um ser que vaga em busca de significados? Já que os busco, por que não faço deles meu esteio para uma existência permeada da beleza que há na vida e em seu mistérios mais profundos? </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;">Permitindo-me viver minhas inquietações, mais do que nunca, é que percebo que estou vivo. De fato, estou imerso nelas, descubro em seu marasmo ou caos a essência que emana de meu ser. Assim, percebo o quanto estou longe daquele mundo perfeito onde tudo evoca o inalcançável . Prefiro pensar e crer no ideal tracejado nas linhas do real, do concreto e passível de vir a ser.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;">Então, ergo minhas perguntas ao óbvio ou meu lado extremamente desconexo da realidade... Por que me calar diante do medo que me paralisa, se posso me permitir sair de minha clausura e passear em liberdade pelos jardins da alma? Como me permitir ver tristonho a chuva pela vidraça da janela se posso correr e me deliciar em suas águas de renovo? Por que buscar ao longe a felicidade se sei, no mais profundo de meu ser, sei, que ela mora ao lado? </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;">Escrito por Edward de A. Campanário Neto </span></div>
<br />
<div style="color: #474747; font-size: 15px; line-height: 20px; text-align: center;">
<span class="Apple-style-span" style="color: #274e13;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;">_<i>_________________________________________________________</i></span></span></div>
<div>
<span class="Apple-style-span" style="color: #274e13; font-family: Times, 'Times New Roman', serif;"><i><br /></i></span></div>
<span class="Apple-style-span" style="color: #474747; font-family: 'Cherry Cream Soda'; font-size: 15px; line-height: 20px;"><i></i></span><i></i>Edward de A. Campanário Netohttp://www.blogger.com/profile/08204164548740164080noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7785973276632358279.post-17738965521263938352011-06-10T13:24:00.002-03:002011-06-10T13:33:29.066-03:00A sina do poeta<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhpZ9EoWlmpYAuvWhdBqu_APRa04HUi758ZaKhTBLdJUI8-hkvLuZ6LR_EmqyZxs4xpeqESmLw0ykJJ2BsubhLzhXLerAs9Qi1hsMH7z6LX9jI_ZZLkswCf9a81tqHt4mMBkl0sAHfuE-c/s1600/chatterton.0.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="216" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhpZ9EoWlmpYAuvWhdBqu_APRa04HUi758ZaKhTBLdJUI8-hkvLuZ6LR_EmqyZxs4xpeqESmLw0ykJJ2BsubhLzhXLerAs9Qi1hsMH7z6LX9jI_ZZLkswCf9a81tqHt4mMBkl0sAHfuE-c/s320/chatterton.0.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<i><span class="Apple-style-span" style="color: #274e13; font-family: Times, 'Times New Roman', serif;">Os poetas amam, muitas vezes só amam e nada mais. </span></i></div>
<div style="text-align: center;">
<span class="Apple-style-span" style="color: #274e13; font-family: Times, 'Times New Roman', serif;">_<i>_________________________________________________________</i></span></div>
<i><span class="Apple-style-span" style="color: #274e13; font-family: Times, 'Times New Roman', serif;"><br /></span></i><br />
<div style="text-align: justify;">
<i><span class="Apple-style-span" style="color: #274e13; font-family: Times, 'Times New Roman', serif;"><span class="Apple-style-span" style="color: black; font-family: 'Times New Roman'; font-style: normal;"><i><span class="Apple-style-span" style="color: #274e13; font-family: Times, 'Times New Roman', serif;">O amor escrito pelos poetas não é simplesmente amor. Cada escrito em que evoca ou se relaciona com tal palavra, traz à tona as muitas poesias esquecidas e amores que só existiram de fato em seu mundo poético de beleza e perfeição, seu mundo de um sentimento individual e de palavras que foram deixadas ao tempo...</span></i></span></span></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><span class="Apple-style-span" style="color: #274e13; font-family: Times, 'Times New Roman', serif;"><span class="Apple-style-span" style="color: black; font-family: 'Times New Roman'; font-style: normal;"><i><span class="Apple-style-span" style="color: #274e13; font-family: Times, 'Times New Roman', serif;">Esta é a sina, dolorosa sina daquele que abriga em seu espírito a alma de um poeta. A sina do rio é o mar, a sina do poeta, só amar...</span></i></span></span></i></div>
<br />
<div>
<i><span class="Apple-style-span" style="color: #274e13; font-family: Times, 'Times New Roman', serif;"></span></i><span class="Apple-style-span" style="color: #274e13; font-family: Times, 'Times New Roman', serif;"><i><br /></i></span><br />
<div style="text-align: right;">
<i><span class="Apple-style-span" style="color: #274e13; font-family: Times, 'Times New Roman', serif;">Escrito por Edward de A. Campanário Neto, poeta.</span></i></div>
<div style="color: #474747; font-size: 15px; line-height: 20px; text-align: center;">
<i><span class="Apple-style-span" style="color: #274e13; font-style: normal;"><i><span class="Apple-style-span" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;">__________________________________________________________</span></i></span></i><br />
<a name='more'></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="color: #274e13; font-family: Times, 'Times New Roman', serif;"><i><br /></i></span></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;">"Quando a vi pela primeira vez, tive vontade de escrever-lhe um longo poema que falasse de amor. Nada entendia de metáforas. Busquei algumas belas palavras no dicionário e coloquei no papel meus mais sinceros sentimentos.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;">Na sexta-feira a vi passando na rua. Entreguei-lhe o "tal" papel com meu "poema". Exultante com minha coragem. Ela passou o olho e sorriu com candura. Deu-me um beijo no rosto e se foi.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;">Um pouco mais tarde eu voltava para casa, deslumbrado com esse novo sentimento. No caminho havia um muro. Do outro lado desse muro - era alto e dava para um matagal - ouvi alguns gemidos. Subi com cautela para ver o que era, movido por minha curiosidade. Ela estava de joelhos, enquanto um cara gemia (...).</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;">Passei o resto da noite pensando o que havia de errado com meu longo e sincero poema de amor."</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;">Escrito por Gustavo Rios, em O Amor é Uma Coisa Feia</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;"><span class="Apple-style-span" style="color: #474747; font-family: 'Cherry Cream Soda'; font-size: 15px; line-height: 20px;"></span></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;"><i><span class="Apple-style-span" style="color: #274e13; font-family: Times, 'Times New Roman', serif;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Cherry Cream Soda'; font-size: 15px; font-style: normal; line-height: 20px;"><i><span class="Apple-style-span" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;">__________________________________________________________</span></i></span></span></i></span></div>
<div>
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;"><i><span class="Apple-style-span" style="color: #274e13; font-family: Times, 'Times New Roman', serif;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Cherry Cream Soda'; font-size: 15px; font-style: normal; line-height: 20px;"><i><span class="Apple-style-span" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;"><br /></span></i></span></span></i></span></div>
<br /></div>Edward de A. Campanário Netohttp://www.blogger.com/profile/08204164548740164080noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7785973276632358279.post-35068834396533658862011-06-08T08:35:00.001-03:002011-10-08T14:30:57.489-03:00Nascimento do poema<span class="Apple-style-span" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;"></span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEifcEMLGowzv34MOgKNGWchroxcyJcuYIJVcIdTCKrHW7EsMCEWGIJ3iAcBdM-lBWjn3dVxXuCxBc6v8hcdfpREAfUx8as3l7GNiO-8XsVRuqhsG1f42MbE9FPU9n6-jL9rAlqZ5C85mSY/s1600/lindossss.bmp" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="222" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEifcEMLGowzv34MOgKNGWchroxcyJcuYIJVcIdTCKrHW7EsMCEWGIJ3iAcBdM-lBWjn3dVxXuCxBc6v8hcdfpREAfUx8as3l7GNiO-8XsVRuqhsG1f42MbE9FPU9n6-jL9rAlqZ5C85mSY/s320/lindossss.bmp" width="320" /></a></span></div>
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;">
</span><br />
<div style="text-align: center;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;"><i><span class="Apple-style-span" style="color: #274e13;">Os poemas nascem como uma sina, como um parto em meio à vida: vida que traz vida</span></i></span></div>
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;">
</span><br />
<div style="text-align: center;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;"><span class="Apple-style-span" style="color: #274e13; font-family: Times, 'Times New Roman', serif;"><i>Edward de A. Campanário Neto</i></span></span></div>
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;">
</span><br />
<div>
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;"><span class="Apple-style-span" style="color: #474747; font-family: 'Cherry Cream Soda'; font-size: 15px; line-height: 20px;"></span></span></span><br />
<div style="text-align: center;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;"><span class="Apple-style-span" style="color: #474747; font-family: 'Cherry Cream Soda'; font-size: 15px; line-height: 20px;"><i><span class="Apple-style-span" style="color: #274e13; font-family: Times, 'Times New Roman', serif;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Cherry Cream Soda'; font-size: 15px; font-style: normal; line-height: 20px;"><i><span class="Apple-style-span" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;">__________________________________________________________</span></i></span></span></i></span></span></span></div>
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;"><span class="Apple-style-span" style="color: #474747; font-family: 'Cherry Cream Soda'; font-size: 15px; line-height: 20px;">
</span></span></span><br />
<div>
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;"><span class="Apple-style-span" style="color: #474747; font-family: 'Cherry Cream Soda'; font-size: 15px; line-height: 20px;"><i><span class="Apple-style-span" style="color: #274e13; font-family: Times, 'Times New Roman', serif;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Cherry Cream Soda'; font-size: 15px; font-style: normal; line-height: 20px;"><i><span class="Apple-style-span" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;"><br /></span></i></span></span></i></span></span></span></div>
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;"><span class="Apple-style-span" style="color: #474747; font-family: 'Cherry Cream Soda'; font-size: 15px; line-height: 20px;">
</span></span></span></div>
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;">
<div>
<span class="Apple-style-span" style="color: #274e13; font-family: Times, 'Times New Roman', serif;"><i>"Entender me sequestra de palavras e de coisa,<br />arremessa-me ao coração da poesia.<br />Por isso escrevo os poemas<br />pra velar o que ameaça minha fraqueza mortal."</i></span></div>
<div>
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: 15px; line-height: 20px;"></span></span><br />
<div style="color: #474747; font-family: 'Cherry Cream Soda'; text-align: center;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: 15px; line-height: 20px;"><i><span class="Apple-style-span" style="color: #274e13; font-family: Times, 'Times New Roman', serif;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Cherry Cream Soda'; font-size: 15px; font-style: normal; line-height: 20px;"><i><span class="Apple-style-span" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;">__________________________________________________________</span></i></span></span></i></span></span><br />
<a name='more'></a></div>
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: 15px; line-height: 20px;">
</span></span><br />
<div>
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: 15px; line-height: 20px;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small; line-height: normal;"><br /></span></span></span></div>
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: 15px; line-height: 20px;">
</span></span><br />
<div>
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: 15px; line-height: 20px;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small; line-height: normal;">"(...)Sinais valem palavras,</span></span></span></div>
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: 15px; line-height: 20px;">
</span></span></div>
palavras valem coisas,<br />coisas não valem nada.<br />Entender é um rapto,<br />é o mesmo que desentender.<br />Minha mãe morrendo,<br />não faltou a meu choro este arco-íris:<br />o luto irá bem com meus cabelos claros.<br />Granito, lápide, crepe,<br />são belas coisas ou palavras belas?<br />Mármore, sol, lixívia.<br />Entender me sequestra de palavras e de coisa,<br />arremessa-me ao coração da poesia.<br />Por isso escrevo os poemas<br />pra velar o que ameaça minha fraqueza mortal. (...)"</span><br />
<div>
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;"><br /></span></div>
<div>
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;">Escrito por Adélia Prado</span></div>
Edward de A. Campanário Netohttp://www.blogger.com/profile/08204164548740164080noreply@blogger.com0