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7 de jul. de 2011

Veredas da Lontra



Quem já viu uma lontra? Encantadoras criaturas...
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Faz teu mundo entre as veredas das águas
Teu caminho é mistério em meio ao lodo e profundo dos rios
Às margens barrentas  encanta com seus segredos e prodígios

Quem conhecerá o que viram seus olhos vívidos?
Saberão por onde passastes teus dias?
O que dirão quando te virem caminhando na noite de luar?

És lontra, mas se move como cavalo que vai para guerra
Sim, és lontra, mas caminha como noiva que vai ao altar
Em tuas veredas tece mistérios que nenhum coração jamais conhecerá...

Terá inimigos ao teu encalço
Te farás perversa aos olhos do pescador
Que te caça, mas te respeita pela honra de lontra que consigo traz

E como rio segue seus caminhos, seguirá também sua sina de lontra
Entre mergulhos viverá seu mundo de sonhos, de vida, de dor
Perseguirá e será perseguida, em teu peito haverá também ferida

E tal ferida somente a alma do rio compreenderá
Dele se fará entendida, lontra
Fará dele suas veredas, veredas de lontra, de vida...

Escrito por Edward de A. Campanário Neto
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