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30 de dez. de 2012

Ciclos de ilusões...



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E na minha própria ilusão de um ciclo que se encerra para um ano novo que se inicia, desejo ir além em minha própria autonomia. Quero ser mais livre, quero desconfiar e me indignar das ilusões que colocam à frente de meus olhos; quero exercer a infinitude de meus pensamentos para ser capaz de lançar às friezas e augúrios da existência rotas de mudança. Quero, mais que tudo, compreender que já há ilusões por demais para que eu me permita seduzir por um ciclo de ilusões que me aprisionam e me fazem desconhecer o que sou e o que de fato desejo ser...   


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27 de nov. de 2012

Semeadores de estrelas



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Colher estrelas nos céus para depois semeá-las na terra. Enfrentar o medo da sombra da noite para lançar um pouco de luz nas trevas que lançam os grilhões que aprisionam o coração acuado... Algo que se destinaria a quem mediante ao espanto e momento de derradeiro desespero?  


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13 de nov. de 2012

Surpresas da vida



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Todos se lançam às suas próprias buscas, no cumprimento de sua sina
A sina é o cumprimento do desejo perene, da razão do sentimento
Assim nos arriscamos, permitimo-nos o novo e nos lançamos a viver
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14 de set. de 2012

Andando na Bruma




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"Tal qual Morgana das Fadas, fito meu mundo que se esvanece e se perde nas brumas, tendo certo receio de me tornar prisioneiro daquela rainha do povo encantado, que alimentava com ilusão e loucura seus hóspedes num misto de prazer e crueldade. De um caminho a outro há o temor de uma ou outra armadilha que espreita para o ocaso definitivo do vínculo com a realidade." 

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4 de jun. de 2012

As marcas da distância




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Que marcas foram estas que nos lançaram para longe do nosso próprio ser? O que foi capaz de causar o espantamento de fitarmos a existência e vermos a esmo um vulto que ficou para trás do que éramos, do que somos e de que não somos mais? Tal olhar não é exatamente de tristeza ou vazio, mas um choque dada a força de certas mudanças.

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5 de mar. de 2012

Eu sinto que sei que sou...


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Por não saber o que exatamente sou, sinto que sei que sou... Poeta, valete de copas em carteado, um qualquer que viu o coelho branco e correu junto de Alice. Talvez aquele sonho de início de manhã, manhã de Agosto, vento de Setembro ou aquelas águas de Março encerrando o verão. Março... posso ser um incauto convidado naquela mesa de chá com a Lebre de Março, ou naquela estória sombria da vez de Outubro.

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13 de jan. de 2012

Sobre a vida...

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"A vida é feita de despedidas; enquanto elas não chegam, façamos de cada momento algo eterno, eterno no sentido de que seja genuíno e profundamente intenso enquanto durar... " 

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4 de jan. de 2012

As imperfeições de Deus - parte 1



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"Em uma região esquecida do mundo, velhos sábios contavam a respeito de um homem que vivera em tempos remotos, um homem que havia compreendido a existência de tal forma que foi capaz de, numa era de supremacia incontestável da fé, enxergar imperfeições no próprio Deus. (...)
Hoje, após séculos da vida deste misterioso homem, (...) Em tal empreitada, imagino poder trazer aos meus pensamentos algo que me diga um pouco sobre a existência sem me tornar refém de uma crença cega, pretendo erguer as perguntas sem temer o teor das respostas...
Seria Deus um ser cheio de imperfeições e limitações, um deus mais humano que divino, em detrimento do conceito de um Deus irado e Todo-Poderoso que se cala e se exime das responsabilidades de um mundo onde o sofrimento é regra e a felicidade exceção? E o sentido da vida? Poderia o sentido de tudo ser somente seguir a vida sem preocupações com um deus, criar um sentido todo dia para além de um criador? Indo mais além, e se  Deus não existir? Tudo isto é algo que não sei, que talvez nunca saberei, de forma que somente lanço ao tempo e ao pensamento as palavras de um velho homem que enxergou as imperfeições de Deus (...)" 

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2 de jan. de 2012

A guerra dos valetes no castelo de cartas

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"Em silêncio eu tudo observava. Devagar me ergui, tendo à minha volta o olhar sorrateiro da realidade. Os valetes também me observavam, com suas espadas embebidas no sangue dos reis que antes eram o governo de minha vida. No fundo, eu sabia que os valetes eram eu mesmo; a realidade, o amor que tinha abraçado naquela guerra que havia declarado. "

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