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10 de jun. de 2011

A sina do poeta

Os poetas amam, muitas vezes só amam e nada mais. 
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O amor escrito pelos poetas não é simplesmente amor. Cada escrito em que evoca ou se relaciona com tal palavra, traz à tona as muitas poesias esquecidas e amores que só existiram de fato em seu mundo poético de beleza e perfeição, seu mundo de um sentimento individual e de palavras que foram deixadas ao tempo...
Esta é a sina, dolorosa sina daquele que abriga em seu espírito a alma de um poeta. A sina do rio é o mar, a sina do poeta, só amar...



Escrito por Edward de A. Campanário Neto, poeta.
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"Quando a vi pela primeira vez, tive vontade de escrever-lhe um longo poema que falasse de amor. Nada entendia de metáforas. Busquei algumas belas palavras no dicionário e coloquei no papel meus mais sinceros sentimentos.
Na sexta-feira a vi passando na rua. Entreguei-lhe o "tal" papel com meu "poema". Exultante com minha coragem. Ela passou o olho e sorriu com candura. Deu-me um beijo no rosto e se foi.
Um pouco mais tarde eu voltava para casa, deslumbrado com esse novo sentimento. No caminho havia um muro. Do outro lado desse muro - era alto e dava para um matagal - ouvi alguns gemidos. Subi com cautela para ver o que era, movido por minha curiosidade. Ela estava de joelhos, enquanto um cara gemia (...).
Passei o resto da noite pensando o que havia de errado com meu longo e sincero poema de amor."

Escrito por Gustavo Rios, em O Amor é Uma Coisa Feia
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