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11 de fev. de 2011

Som da chuva

A chuva nos convida a ouvir seu som, bela e majestosa canção

"É a canção do prelúdio da chuva que vem...
Os ventos convidam os vapores do firmamento para visitarem a si e aos homens.
E o embaraço dos céus de desfaz em água fria e terna.
Fria e retumbante ela se precipita sobre tudo.
Chuva e vento unem-se em um indescritível soneto nos ares.
(...)E o som da chuva se estende como orquestra divina, evocando a beleza do Tudo."
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Meus céus cinzentos da manhã dão indícios de sua chegada.
Os ventos, soprando das alturas, descem em um gracioso bailar.
Tocando meu rosto, sussurram aos meus ouvidos uma doce canção.
É a canção do prelúdio da chuva que vem...
Os ventos convidam os vapores do firmamento para visitarem a si e aos homens.
E o embaraço dos céus de desfaz em água fria e terna.
Fria e retumbante ela se precipita sobre tudo.
Chuva e vento unem-se em um indescritível soneto nos ares.
De seus amores nasce um sublime aroma de terra molhada que se ergue do chão.
É o incenso da Criação se dissipando ao sabor do vento, que o embala em seus braços.
Nascem também infinitas poças, filhas da água que um dia também serão chuva.
E o som da chuva se estende como orquestra divina, evocando a beleza do Tudo.
Então com o som da chuva se espantam os mortais.
São espantos daqueles não esperavam e acabaram encharcados por suas águas.
Espantos daqueles aguardavam para provar de seus sabores, toques e aromas...
Há espantos dos que simplesmente admiram o seu doce som.
Depois de entoada a canção a maestria celestial traz então o silêncio.
O som da chuva se aquieta em um estado de paz.
Deste silêncio nasce a reflexão e a esperança.
Sim, nasce a esperança do retorno do som da chuva.

Escrito por Edward de A. Campanário Neto
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