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14 de jan. de 2011

O homem que andava e via o mundo

Havia um homem que andava, andava pela busca de seu sentido para a vida...


Andava certo homem pelos rumos da vida
Via o mundo em sua beleza e plenitude
A todos dizia que havia graça na existência

Para aquele homem com alma de menino o mundo estava perdido
Mas em meio à perdição do tudo ele continuava a andar
E andava seus passos calmos crendo em dias melhores

Sim, ele cria que no fim as coisas se ajustariam
Esperava tempos novos para a si e para o mundo que via
Não só esperava, mas agia como se tudo já fosse assim tão bom e belo

O homem falava de Deus e das crianças, sempre sorrindo
Era comum vê-lo chorando pelos cantos e caminhos
As lágrimas eram de emoção ao pensar na grandeza das pequenas coisas

E ele não tinha vergonha de ser quem era; jamais se envergonhara daquilo que sempre creu
Assim ele carregava flores, escrevia poemas e não exitava em chorar quando queria ou sentia
Era um amante da vida e das pessoas à sua volta

As pessoas se impressionavam com os gestos daquele tão simples homem
Enquanto a maioria queria ser servida ele se oferecia para servir
Não queria ser o primeiro, não se importava de sair tarde ou chegar cedo

Ah, e como este simples homem andava...
Andava pelas rotas do pensamento e também pelas ruas e caminhos
Fazia de seus passos o silêncio de sua constante reflexão

Mas o homem também sofria e lamentava
Tinha seus dias em que calava em meio à dor e dificuldades
Por isso que era um homem que andava e não um deus

E sendo homem, somente em Deus ele buscava seus sentidos
Sabia que por mais que se escondesse o Criador sempre o acharia
E assim não queria se fazer perdido, mas achado todos os dias

O homem sabia que Deus estava em todos os sentidos
E por este grande sentido o homem insistia em andar e ver o mundo
Era o que era: o homem que tão somente andava e via o mundo

Escrito por Edward de A. Campanário Neto
 

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