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28 de out. de 2010

Cálida Flor

Cálida Flor


Cálida e misteriosa flor de beleza
Majestosa e delicada obra da criação  
Ornada repousa em seu suntuoso jardim

 *
Vestida de pureza dorme sob o orvalho
As estrelas curiosamente te observam
Enquanto seu semblante brilha à luz da lua
 *
No silêncio da noite seu perfume se faz notório
Ao sabor da brisa fresca ele se dissipa
Na bruma trilha seu doce e singelo caminho
 *
À alvorada o sol vem despertar-lhe
Toca e acaricia sua face sossegada
Revelando seus mais delicados gestos 
Os pássaros cantam alegremente à sua volta
Borboletas voam em um suntuoso bailar
Todos pasmam ao admirar a imponência da fina flor  
 *
Em meus sonhos paira sua imagem
Deleito-me em suas silhuetas harmônicas
Desperto na ansiosa esperança de revê-las
 *
Me calo diante de sua presença única
Perco-me entre minhas próprias palavras e conceitos
Sinto-me pequeno em meio à sua perfeição
 *
Divago até mesmo em minhas certezas
Resta-me somente contemplá-la
Buscar a imensidão de seu olhar
 *
Arduamente desejo sentir seu perfume
Anseio por estar junto da sublime flor
Da cálida e misteriosa flor de beleza
     

Edward de A. Campanário Neto 

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