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16 de out. de 2010

EUA admite espionar redes sociais na internet

Redes sociais 
Mega programa monitora até comentários em blogs de política


É de praxe nos depararmos com o ferrenho discurso dos EUA contra a repressão dos governos comunistas da Europa na segunda metade do século XX e com suas inúmeras guerras ideológicas e até invasões militares para levar seu ideal da democracia para os povos do mundo. Porém, aí há uma grande contradição, já que, em tratadando-se de seus interesses, os norte-americanos se utilizam das mais pérfidas técnicas e atitudes para manterem seus ideais de soberania imperialista, bem similares ao que é realizado pelo governo chinês no que diz respeito ao monitoramento das informações que circulam pela internet.
Suspeitas em torno de medidas de controle por parte do Departamento de Defesa sobre as rede sociais e internet circulam há alguns meses, mas, só agora, devido à pressão de grupos defensores da liberdade e privacidade, o governo americano enfim admitiu que possui um programa de monitoramento de redes socais desde 2002, tendo como justificativa auxiliar o departamento de defesa a agir mediante ameaças terroritas e catástrofes ambientais. Entre os sites vigiados estão o Facebook, o Twiter, o MySpace, além de blogs de política e sites de notícias, onde cada comentário postado é analisado e comparado com outras informações de espionagem.  
Tais fatos revelam a grande contradição da ideologia anti-terrorismo, já que, em muitos casos, as investigações do FBI e CIA levaram inúmeros inocentes à prisão em Guantanamo, além de tais medidas causarem um aumento astronômico dos gastos para manutenção de um Estado do Medo, onde tudo e todos são vigiados e monitorados ao custo de biloes que poderiam ser investidos para superação dos flagelos da crise financeira mundial, que lançou milhões no desemprego e na miséria. 
Fica bastante evidente que todo o aparato de defesa e investigação nos EUA é fruto de uma visão de governo do partido Republiacno que, desde o atentado de 11 de Setembro, na gestão Bush, ampliou o poder das corporações de segurança, criando uma indústria que precisa divulgar o medo para se manter atrelada aos contratos bilionários junto ao orçamento do Tesouro dos EUA.
Essa grande verdade precisa ser divulgada e, acima de tudo, tornar-se um referencial para apagarmos de nossa mentalidade a falsa ideia de que os EUA são o esteio de salvação da humanidade. Vamos exercer nossa criticidade e lançar olhares outros à "nação do norte", que diz ser irmã, mas que age como madrasta.

Escrito por Edward de A. Campanário Neto

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